Com a derrota do PSDB na disputa presidencial, a presidente Dilma Rousseff dever� enfrentar uma oposi��o refor�ada por nomes tradicionais, com hist�rico no Executivo e no Congresso e tende a ser mais aguerrida do que a enfrentada pela petista no seu primeiro mandato e muito concentrada no Senado.
O motivo � que, apesar de ter tido a bancada reduzida de 12 para dez senadores, o PSDB contar� com a participa��o do advers�rio da petista na disputa pelo Pal�cio do Planalto, A�cio Neves, e do candidato derrotado � vice, Aloysio Nunes.
Al�m disso, a C�mara, onde a pr�pria base aliada de Dilma costuma dar muito mais trabalho do que a oposi��o, estar� muito fragmentada ap�s a elei��o de deputados egressos de 28 partidos.
"A C�mara ficou muito retalhada com 28 partidos e ficar� dividida em rela��o �s a��es de plen�rio e de pauta. Acho que o Senado Federal vai ter uma concentra��o maior dos debates com uma bancada de parlamentares opositores que s�o conhecedores do regimento, s�o pessoas que estudam os temas, al�m de ter o fato de alguns j� terem sido do Executivo. Acho que esse grupo vai dar o tom na Casa num debate de alto n�vel e formador de opini�o", ressaltou o senador eleito, Ronaldo Caiado.
Na avalia��o dele, as den�ncias envolvendo a Petrobr�s devem "contaminar" o in�cio das atividades no Congresso. "Isso de imediato vai causar um impacto muito grande na C�mara e no Senado porque voc� vai ter v�rios deputados e senadores que, infelizmente, v�o passar por um processo de cassa��o, que � inevit�vel diante de todas essas den�ncias que est�o apresentadas", ressaltou.
Reajustes de produtos
Em rela��o � quest�o econ�mica as aten��es estar�o voltadas para as propostas de reajustes de produtos do dia a dia dos brasileiros como gasolina e energia. "Ser� um grande embate com a presidente porque ela vai impor um tarifa�o", avaliou o parlamentar.
"Pelas posi��es que tomamos nesta disputa eleitoral, estamos indo para oposi��o e o nosso papel ser� o de fiscalizar o governo e apontar eventuais equ�vocos. Acho que o desafio maior do Brasil ser� o de voltar a crescer pois a economia interna vive uma momento dif�cil", afirmou ex-ministro e senador eleito Fernando Bezerra Coelho (PSB).
Outra pauta que dever� ser motivo de muita disputa entre governistas e opositores � a aprova��o de um amplo projeto de reforma pol�tica, que se arrasta pelos �ltimos governos, tanto do PSDB como do PT, mas n�o consegue avan�ar no Congresso.