O governador reeleito da Para�ba, Ricardo Coutinho (PSB), disse neste domingo, 26, que seu partido ter� de fazer uma "imers�o" antes de decidir que caminhos pol�ticos tomar. A legenda, que teve Marina Silva como candidata � Presid�ncia, uniu-se � coliga��o de A�cio Neves (PSDB) no segundo turno. Contrariando � Executiva Nacional, Coutinho aliou-se ao PT de Dilma Rousseff para vencer o advers�rio tucano, C�ssio Cunha Lima, que tentava o terceiro mandato.
"Eu tenho uma vis�o que precisa ser considerada pelo partido e � a de que devemos trabalhar para ajudar a presidente Dilma a governar ou ficaremos quatro anos fazendo palanque. Isso seria ruim para o PSB e para o pa�s", disse Coutinho na noite de ontem a jornalistas.
"Eu comuniquei � dire��o do partido no pr�prio domingo do primeiro turno que apoiaria a candidatura de Dilma. Meu caminho n�o poderia ser outro", disse. "N�o fizemos uma alian�a para vencer elei��o, foi uma alian�a pragm�tica com PMDB e PT, uma alian�a de governabilidade."
Referindo-se aos ataques do PT de Dilma contra Marina Silva no primeiro turno, Coutinho disse entender a posi��o de companheiros do PSB. "A elei��o muitas vezes machuca, deixa marcas. Voc� � atacado, voc� � deturpado e tem v�rias formas de reagir �quilo", disse. "Ao mesmo tempo, eu n�o tinha outro caminho", refor�ou.
O governador reeleito disse que j� pediu � Executiva Nacional do partido uma reuni�o para discutir "de forma mais profunda" os fatos que ocorreram. "Vamos ter de discutir com muita tranquilidade para onde o PSB foi, o impacto da candidatura de Marina e por que descemos t�o rapidamente", afirmou referindo-se � derrota da candidata.
Mais cedo ao votar, Coutinho declarou ter sido um "equ�voco" a alian�a nacional do PSB com o PSDB. "A hist�ria do PSB n�o � a de A�cio e nunca foi do ponto de vista do pensamento, da vis�o de vida, da ideologia. O PSB tem uma hist�ria que se aproxima muito � do PT de Dilma Rousseff."
O PSB elegeu os governadores do Distrito Federal e de Pernambuco, al�m da Para�ba. Em 2010, havia ficado com seis governos, mas na opini�o de Coutinho o partido cresceu "qualitativamente". "Todo o Brasil saiu polarizado desse processo, n�o podemos permitir que o palanque dure por mais quatro anos. Agora precisamos focar na administra��o, temos a ambi��o como partido de estabelecer novo di�logo com o governo, mas ele s� se iniciar� ap�s essa imers�o".