L�deres de v�rias partes do mundo parabenizaram ontem a presidente Dilma Rousseff pela reelei��o. Em suas notas oficiais, Estados Unidos, It�lia e R�ssia destacaram o interesse em fortalecer as rela��es bilaterais com o Brasil. Presidentes da Am�rica do Sul e Central, por sua vez, celebraram a vit�ria de Dilma, exaltando os pap�is de inclus�o social e de integra��o regional que creditam ao governo da petista. Para a Uni�o Europeia, a reelei��o “constitui uma oportunidade �nica para consolidar a inequ�voca trajet�ria de constru��o democr�tica no Brasil”.
Ao felicitar Dilma pela reelei��o, o presidente russo, Vladimir Putin, elogiou a aten��o dada por ela “� parceria estrat�gica russo-brasileira e reiterou o seu compromisso em continuar com um di�logo construtivo e uma coopera��o ativa” com o Brasil, disse o Kremlin em um comunicado. Isolado no cen�rio internacional em raz�o do impasse travado com os ocidentais principalmente sobre a crise na Ucr�nia, a R�ssia, atingida por uma s�rie de san��es ocidentais sem precedentes, espera fortalecer os la�os diplom�ticos e comerciais com a Am�rica do Sul, especialmente com o Brasil.
Desta forma, Moscou retirou em agosto as restri��es impostas �s importa��es de carne e produtos l�cteos no Brasil devido a “viola��es das normas de sa�de”, no momento em que a R�ssia decretou um embargo sobre a maioria dos alimentos de pa�ses que adotaram san��es contra sua economia. Em julho, Putin fez uma viagem de seis dias pela Am�rica do Sul, durante a qual se reuniu com Dilma e participou da c�pula anual das pot�ncias emergentes dos Brics, que tamb�m inclui �ndia, China e �frica do Sul.
Em comunicado oficial, a Uni�o Europeia (UE) desejou � presidente reeleita “todo o �xito no cumprimento da miss�o confiada pelo povo”. A reelei��o de Dilma “constitui uma oportunidade �nica para consolidar a inequ�voca trajet�ria de constru��o democr�tica e de inclus�o social no Brasil”, afirmam os presidentes do Conselho, Heman van Rompuy, e da Comiss�o, Jos� Manuel Dur�o Barroso, no comunicado. A UE e o Brasil “compartilham os mesmos valores democr�ticos e as mesmas aspira��es de liberdade, prosperidade, solidariedade e paz”, completa a nota.
Por meio de uma carta, o primeiro-ministro da It�lia, Matteo Renzi, parabenizou Dilma, elogiou as rela��es entre os dois pa�ses e desejou que Roma e Bras�lia intensifiquem as colabora��es no plano internacional. O premi� ainda expressou seu desejo de ver aumentarem as colabora��es entre o Brasil e a Uni�o Europeia. Atualmente, a It�lia ocupa a Presid�ncia semestral do bloco.
Am�rica Latina
Nas redes sociais, mandat�rios da Am�rica do Sul e da Am�rica Central felicitaram a candidata petista pela reelei��o. “Grande vit�ria de inclus�o social e da integra��o regional”, escreveu a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, em sua conta no Twitter. J� o presidente do Equador, Rafael Correa, destacou: “Maravilhoso triunfo de Dilma no Brasil. Nosso gigante segue com o Partido dos Trabalhadores. Parab�ns, Dilma, Lula, Brasil”.
O presidente da Venezuela, Nicol�s Maduro, ressaltou: “Vit�ria de Dilma no Brasil! Vit�ria do povo. Vit�ria de Lula e seu legado. Vit�ria dos povos da Am�rica Latina e do Caribe”. J� o l�der de El Salvador, Salvador S�nchez, escreveu: “Dia de festa no Brasil e na Am�rica Latina. Nossos povos decidiram seguir construindo seu bem-estar e felicidade”.
O mandat�rio uruguaio, Tabar� V�squez, que tamb�m disputa elei��es em seu pa�s, destacou: “Chegam boas not�cias do Brasil, companheiros! Vit�ria de Dilma”. A embaixadora argentina na Organiza��o dos Estados Americanos (OEA), Nilda Garr�, considerou a vit�ria de Dilma “uma not�cia muito boa para a continuidade do esfor�o popular latino-americano”.
Repercuss�o pelo mundo
A reelei��o da presidente Dilma Rousseff foi destaque nos sites dos principais jornais e revistas do mundo. A t�nica foi a pequena vantagem da petista na vota��o e a necessidade de o governo pacificar os conflitos expostos na campanha. O El Pa�s foi o que abriu mais espa�o para o fim da disputa no Brasil. A manchete “A presidente com car�ter” enaltece a trajet�ria de milit�ncia e pessoal de Dilma, a quem caber�, segundo jornal, “fechar a ferida aberta” pela campanha.
O The New York Times pontua que a decis�o popular endossou Dilma como l�der esquerdista, ap�s ganhos como a redu��o da pobreza e o controle do desemprego, apesar dos esc�ndalos de corrup��o e economia lenta. E destaca que a vit�ria apertada mostra um Brasil polarizado e insatisfeito. A brit�nica BBC acrescenta que a petista ter� que enfrentar “mercados internacionais nervosos”. O argentino La Naci�n destacou um trecho do discurso da vit�ria, em que Dilma fez um chamado � “paz e � uni�o do Brasil”, mesma linha seguida pelo O El Nacional, da Venezuela. “Vit�ria de Dilma abre uma nova etapa de mudan�as para o Brasil”, � a manchete do jornal oficial cubano Granma.