Natal - Mesmo derrotado nas urnas na disputa pelo governo do Rio Grande do Norte e magoado com o PT, o presidente da C�mara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB), afirmou que n�o agir� por "revanchismo" nesses dois meses que lhe restam na condu��o da pauta de vota��o dos deputados.
"H� demandas importantes que a Casa quer votar, mas nada farei que venha colocar em risco o ajuste fiscal", afirmou Alves nesta segunda-feira, 27. "A minha hist�ria, minha vida, minha experi�ncia n�o permitem isso de jeito nenhum."
Depois de vencer no 1.º turno, Alves foi derrotado no 2.º pelo atual vice-governador Robinson Faria (PSD), que recebeu o apoio do PT. O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva gravou um v�deo pedindo apoio a Faria, o que causou "inc�modo" a Alves e � c�pula do PMDB.
"Est�vamos juntos na candidatura principal da presidenta Dilma. N�o esperava que isso acontecesse. Mas j� superei", disse. "A experi�ncia ajuda voc� a administrar os bons momentos e a superar os maus."
Entre os "projetos-bomba" que aguardam an�lise na C�mara est� a proposta que concede aposentadoria integral para o servidor que se aposentar por invalidez e outra que recupera o n�mero de sal�rios m�nimos a que tinha direito o aposentado na concess�o do benef�cio. Tamb�m podem ser votados o aumento de repasses do Fundo de Participa��o dos Munic�pios e o adicional noturno para policiais e para bombeiros.
O gesto cordial de Alves � interpretado por caciques do PMDB como uma sinaliza��o de que o deputado prefere fazer um agrado ao governo para continuar na segunda gest�o da presidente Dilma Rousseff.
H� quem diga que ele possa assumir um minist�rio, como o da Integra��o Social, ou trabalhar com o vice-presidente, Michel Temer. "De jeito nenhum. Isso n�o passa na minha cabe�a", reagiu, quando questionado se pretende ser ministro.
Ele afirmou preferir fincar os p�s no seu Estado e trabalhar com mais tempo para o partido, j� preparando terreno para as pr�ximas elei��es municipais. Disse tamb�m querer assumir mais de perto os neg�cios de comunica��o da fam�lia, dona do principal jornal de Natal, da afiliada da TV Globo e de uma r�dio.