Dilma defende consulta popular sobre reforma pol�tica

S�o Paulo, 28 - A presidente reeleita Dilma Rousseff afirmou nesta ter�a-feira, em entrevista ao Jornal da Band, da Rede Bandeirantes de Televis�o, que acha "muito dif�cil" n�o haver consulta popular sobre a reforma pol�tica, seja por meio de plebiscito ou de referendo. Dilma afirmou que, nesta elei��o, viu uma "�nsia imensa" pela reforma. Segundo ela, a partir de assinaturas encaminhadas ao Congresso, o projeto de mudan�a das regras entra na pauta.

"Os congressistas defendem a consulta popular para a reforma pol�tica", disse. De acordo com defini��o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o plebiscito � convocado previamente � cria��o do ato legislativo ou administrativo que trate do assunto em pauta, e o referendo � chamado posteriormente, cabendo ao povo ratificar ou rejeitar a proposta. Conforme a presidente reeleita, deve-se discutir "como encarar reformas fundamentais, como a pol�tica e a tribut�ria".

Dilma declarou que viu um movimento "muito forte" em v�rios segmentos pela reforma pol�tica, mas que "nem todos pensam igual". "Mas todos est�o irmanados na quest�o da reforma pol�tica e me apresentaram entre 7 e 8 milh�es de assinaturas; eles me deram s� a c�pia e v�o encaminhar para o Congresso", explicou. "A partir da�, � poss�vel uma legisla��o de iniciativa popular que coloque na pauta esta quest�o." A presidente reeleita afirmou acreditar ser muito dif�cil que o debate sobre a quest�o n�o seja uma "discuss�o interativa". Na an�lise de Dilma, o Congresso "vai partilhar esse processo com a popula��o, com setores organizados".

Conselhos populares

A outra pergunta do jornalista Ricardo Boechat, a presidente disse que a negocia��o em torno do projeto dos conselhos populares n�o � "um toma l� da c�, n�o pode ser assim". Na avalia��o de Dilma, os entendimentos sobre o tema t�m de ser "uma negocia��o sobre as quest�es importantes para o futuro do Pa�s".

A petista afirmou ainda achar que pode "perder ou ganhar" em vota��es no Legislativo, mas que se deve encarar as reformas fundamentais, como pol�tica e tribut�ria. "S�o as grandes quest�es que v�o mobilizar o Pa�s para garantir que o Brasil seja, de fato, um pa�s que encontre crescimento e prosperidade para a popula��o".