Promessas, acusa��es e duas obras empacadas. S�mbolos do que pode ter sido uma das mais ferrenhas disputas entre governos do PSDB e PT ao longo dos �ltimos 11 anos, a amplia��o do metr� de Belo Horizonte e a reforma do Anel Rodovi�rio ficar�o sem qualquer influ�ncia tucana a partir de 2015. Com a reelei��o da presidente Dilma Rousseff e a vit�ria de Fernando Pimentel para o Pal�cio Tiradentes, ambos ter�o em m�os, al�m da possibilidade de tocar as obras, a de provar que acelerar os projetos s� n�o foi poss�vel por causa dos advers�rios.
Em rela��o ao Anel Rodovi�rio, o embate entre o PSDB e o PT come�ou em 2003, com Luiz In�cio Lula da Silva no Pal�cio do Planalto e A�cio Neves no governo de Minas. Desde ent�o, os dois lados come�aram a cobrar um ao outro pela n�o realiza��o da obra. Segundo o governo federal, a reforma do Anel n�o ia adiante porque o estado n�o apresentava o projeto de engenharia. J� o Pal�cio Tiradentes alegava que essa etapa j� havia sido conclu�da, mas que o governo federal n�o autorizava o in�cio do processo licitat�rio.
Em maio, depois de declara��o da presidente Dilma de que o governo estadual tinha participa��o na reforma da via, o Pal�cio Tiradentes divulgou nota afirmando que as obras no Anel “sempre foram de responsabilidade federal”, mas que resolveu colaborar para agilizar o processo, “como forma de tentar desemperrar” a reforma.
RECURSOS
Durante a campanha eleitoral, o ent�o candidato ao governo do estado Fernando Pimentel afirmou que as obras do metr� j� deveriam estar em andamento desde 2012. � �poca, afirmou o agora governador, a presidente Dilma havia liberado R$ 3 bilh�es para a constru��o das linhas dois, do Barreiro a Santa Tereza, e tr�s, que liga a Savassi � Pampulha.
Pimentel disse ainda que, apesar da autoriza��o para uso do dinheiro, o governo de Minas n�o havia apresentado o projeto da obra. O material chegou a ser enviado � Caixa Econ�mica Federal, mas foi devolvido porque n�o inclu�a previs�o or�ament�ria. O candidato prometeu que, se eleito, faria o projeto de forma correta e o enviaria � Caixa.
Antes, tamb�m em maio, o governo estadual informou estar cumprindo todos os prazos para o in�cio da amplia��o do metr� da cidade. “Vale lembrar que, novamente, na tentativa de colaborar para que essa outra importante obra tamb�m sa�sse do papel, desde 2008, o governo do estado se ofereceu para agilizar o processo. Entretanto, somente em abril de 2013, cinco anos depois, o governo federal assinou o Termo de Compromisso para a primeira etapa de transfer�ncia de recursos destinados exclusivamente � elabora��o de projetos de engenharia”, diz a nota do Pal�cio Tiradentes.
Na campanha, Pimentel afirmou que pretendia ampliar rela��es com o governo federal e prefeituras e que as parcerias eram fundamentais. Ele lembrou que, quando foi ministro do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior, o governo de Minas nunca procurou a pasta para conversar sobre investimentos integrados de infraestrutura. Al�m do dinheiro j� disponibilizado pelo governo federal para o metr�, a obra precisa de R$ 1,3 bilh�o, que ficariam a cargo do governo do estado, das prefeituras de BH e Contagem e da iniciativa privada.