A Petrobras Transporte S.A. (Transpetro) confirmou nesta segunda-feira o afastamento do presidente S�rgio Machado. Em nota encaminhada � imprensa, Machado diz que decidiu "de forma espont�nea" pedir licen�a sem vencimento por 31 dias. O presidente deve ser substitu�do por Claudio Campos, atual diretor da subsidi�ria.
"A acusa��o � francamente leviana e absurda, mas mesmo assim serviu para que a auditoria externa PwC apresentasse questionamento perante o Comit� de Auditoria do Conselho de Administra��o da Petrobras. Embora o Conselho de Administra��o tenha adiado qualquer delibera��o sobre tal questionamento, decido de forma espont�nea requerer licen�a sem vencimento pelos pr�ximos 31 dias. Tomo a iniciativa de afastar-me temporariamente para que sejam feitos, de forma indiscut�vel, todos os esclarecimentos necess�rios", diz Machado no comunicado.
Na �ltima sexta-feira, dia 31, a Petrobras interrompeu a reuni�o ordin�ria do conselho de administra��o ap�s deliberar durante quatro horas sobre as quest�es apontadas pela PwC. Segundo fontes ligadas ao conselho, a auditoria externa teria feito press�o pelo afastamento do presidente da Transpetro em fun��o das den�ncias de Paulo Roberto Costa. Al�m disso, a auditoria teria se recusado a assinar a an�lise dos resultados trimestrais da companhia, previstos para ser divulgados ap�s aprova��o dos conselheiros.
No comunicado, Sergio Machado se diz v�tima de cal�nias feitas por Paulo Roberto Costa. O presidente ainda faz um balan�o dos 11 anos � frente da subsidi�ria. Segundo ele, a Transpetro obteve "resultados not�veis" no per�odo e passou "sem problemas pelo crivo de in�meros fiscaliza��es internas e externas".
"Al�m de n�o responder a nenhum processo no TCU (Tribunal de Contas da Uni�o), n�o sou r�u em nenhuma a��o penal e n�o tenho contra mim nenhuma a��o de improbidade admitida pela Justi�a. Ao longo de mais de 30 anos de vida p�blica, jamais fui processado em decorr�ncia de meus atos", diz Machado, que ressalta tamb�m dados financeiros da Transpetro para justificar seu desempenho � frente da companhia. "Nada devo nem temo em rela��o � minha trajet�ria."
"Apesar de toda uma vida honrada, tenho sido v�tima nas �ltimas semanas de imputa��es caluniosas feitas pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, cujo teor ainda n�o foi objeto sequer de apura��o pelos �rg�os p�blicos competentes. Trata-se de um gesto de quem n�o teme investiga��es. Pretendo com isso, tamb�m, evitar eventuais atrasos na divulga��o do balancete do terceiro trimestre da Petrobras. Tenho todo o interesse de que tudo seja averiguado rapidamente", afirmou.