O senador A�cio Neves (PSDB-MG) afirmou nesta quarta-feira que est� selando um pacto de constru��o de uma "oposi��o vigorosa". Em ato que re�ne na C�mara dos Deputados com parlamentares e representantes do PSDB e de partidos de oposi��o e aliados, o tucano disse ter tido a percep��o de que a elei��o presidencial deste ano foi diferente das outras. "(Estamos) todos olhando numa mesma dire��o, � uma mesa de um lado s�", afirmou. "Todos olham para um Brasil diferente do que a� est�".
Na r�pida fala inicial, A�cio disse que est� firmando um pacto, por mais paradoxal que possa ser, de uma oposi��o "vitoriosa". Ele afirmou que � preciso dar uma contribui��o para a pol�tica, a �tica e o atual momento � desafiador para todos os brasileiros.
Embora tenha elegido cinco governadores do PSDB, apenas dois compareceram ao ato: o do Mato Grosso do Sul, deputado Reinaldo Azambuja, e o do Par�, Sim�o Jatene, que chegou atrasado � solenidade. Tamb�m est� presente o candidato derrotado pelo PSC a presidente, Pastor Everaldo.
Em seguida, a senadora Ana Am�lia (PP-RS), candidata derrotada ao governo do Rio Grande do Sul, defendeu a escolha de apoiar A�cio Neves, considerando-a a "melhor decis�o pol�tica" da vida dela. Destacou o senador como um l�der e estadista. "Ele � daquela gen�tica que todos conhecemos, que � do Tancredo Neves", disse ela. Nacionalmente, o PP apoiou a reelei��o da presidente Dilma Rousseff.
A senadora ga�cha afirmou ainda que a campanha eleitoral deste ano foi "suja, s�rdida e criminosamente caluniosa". E resgatou a fala do ex-presidenci�vel do PSB Eduardo Campos, morto em acidente a�reo em agosto: "N�o vamos desistir do Brasil". O presidente do PPS, deputado reeleito Roberto Freire (SP), afirmou que o ato � importante para dar "voz a uma indigna��o que as ruas come�am a tamb�m expressar". O deputado, contudo, defendeu que as manifesta��es sejam democr�ticas.
"Precisamos n�o nos render a uma indigna��o que perca a dimens�o da luta democr�tica. Precisamos ser firmes para derrotar o governo petista na luta democr�tica. N�o pensem eles que v�o nos colocar em qualquer desvio da luta democr�tica, porque temos hist�ria nela", disse Freire.
O presidente do Solidariedade, deputado Paulinho da For�a (SP), defendeu a decis�o do coordenador-jur�dico da campanha de A�cio, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), de entrar com pedido na Justi�a Eleitoral para fazer uma auditoria especial das elei��es. O pedido foi rejeitado ontem pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que permitiu, contudo, que o PSDB tenha acesso aos documentos da vota��o. "Na rua as pessoas est�o dizendo que foi roubado mesmo. Ent�o Carlos Sampaio, parab�ns, porque voc� representou a maioria do povo brasileiro", afirmou.