No seu primeiro discurso na tribuna do Senado, depois de ser derrotado na disputa pela Presid�ncia da Rep�blica, A�cio Neves (PSDB) afirmou que a “m�scara do governo j� come�ou a cair”, ao lembrar que, apenas nove dias depois de encerrada a elei��o, a presidente Dilma Rousseff elevou os juros e anunciou aumento do pre�o da gasolina e ainda o de tarifas p�blicas. Durante seu discurso, o senador tucano foi interrompido por aplausos e apenas o senador Humberto Costa, l�der do governo, saiu em defesa da administra��o petista, mas foi vaiado. Com a for�a de 51 milh�es de votos que sua candidatura reuniu, A�cio Neves colocou condi��o para dialogar com o governo da presidente reeleita, conforme ela prop�s. Para o senador, para voltar a conversar com a oposi��o, ser� necess�rio que a administra��o do PT demonstre comprometimento com as investiga��es e as puni��es do esc�ndalo da Petrobras – suposto esquema de superfaturamento de contratos para financiamento de partidos e de pol�ticos.
“Agora, os que foram intolerantes falam em di�logo. Qualquer di�logo estar� condicionado ao envio de propostas de interesse dos brasileiros e qualquer di�logo tem que estar vinculado ao aprofundamento das investiga��es e exemplares puni��es �queles que protagonizaram o maior esc�ndalo da hist�ria deste pa�s, j� conhecido como petrol�o”, disse o senador.
M�scara
A�cio lembrou ainda que o governo, para vencer a mais disputada elei��o presidencial desde a redemocratiza��o do pa�s, usou a mentira como sua arma principal. “Quero aqui reafirmar, para ficar registrado nos anais desta Casa, que, de todas, mentira foi a principal arma dos nossos advers�rios. Mentiram sobre o passado. Fomos acusados de propostas que jamais fizemos. Assistimos a reiteradas tentativas de reescrever a hist�ria. No entanto, n�o demorou muito para que a m�scara come�asse a cair”, disse. E foi mais longe: relembrou que sua candidatura foi acusada de “representar o machismo, o racismo, o preconceito, a intoler�ncia e a nostalgia da ditadura militar”, desrespeitando 48% dos eleitores. “Esses atributos que jogam sobre mim eles jogam sobre 51 milh�es de homens e mulheres que s�o atacados pelo PT neste instante. Nossa campanha respeitou os limites da �tica e defendeu a democracia em todos os instantes. N�s n�o somos isso que querem fazer crer.”
Trechos do discurso no senado
Petrol�o
“Agora, os que foram intolerantes falam em di�logo. Qualquer di�logo estar� condicionado ao envio de propostas de interesse dos brasileiros e qualquer di�logo tem que estar vinculado ao aprofundamento das investiga��es e exemplares puni��es �queles que protagonizaram o maior esc�ndalo da hist�ria deste pa�s, j� conhecido como petrol�o.”
Di�logo
“O di�logo depende de propostas concretas e depende de o governo demonstrar que pretende investigar essas grav�ssimas den�ncias de corrup��o. Os gestos hoje est�o nas m�os da presidente. Infelizmente, a verdade n�o foi a arma utilizada pelo governo para vencer essas elei��es.”
Mentiras
“Quero aqui reafirmar, para ficar registrado nos anais desta Casa, que, de todas, a mentira foi a principal arma dos nossos advers�rias. Mentiram sobre o passado (…), fomos acusados de propostas que jamais fizemos. Assistimos a reiteradas tentativas de reescrever a hist�ria. No entanto, n�o demorou muito para que a m�scara come�asse a cair.”
Contradi��es
“Na campanha, eles diziam que elevar os juros era tirar comida do prato dos pobres, pois bem, foi o que ela (Dilma) fez logo que se elegeu. O governo escondeu o rombo das contas p�blicas o quanto p�de. Escondeu que havia necessidade de ajustes e agora antecipa que eles ser�o dur�ssimos no ano que vem, em um pa�s que j� n�o cresce. A candidata oficial tamb�m negou reajuste de tarifas p�blicas, ela j� est� fazendo aquilo que disse que n�o faria. Na pr�xima semana, j� teremos aumento da gasolina e tamb�m de energia.”
�tica
“Dizem que a minha candidatura representou o machismo, o racismo, o preconceito, a intoler�ncia, a nostalgia da ditadura militar. Esses atributos que jogam sobre mim, eles jogam sobre 51 milh�es de homens e mulheres que s�o atacados pelo PT neste instante. N�s n�o somos isso que querem fazer crer.”
Compromissos
“Tr�s compromissos fundamentais v�o orientar a nossa luta: o compromisso com a liberdade, com a transpar�ncia e com a democracia. A defesa intransigente das liberdades, em especial a liberdade de imprensa.”