
A presidente Dilma Rousseff afirmou na tarde desta quinta-feira que vai fazer o "dever de casa" e apertar o controle da infla��o e que tamb�m far� um reajuste em todas as contas do governo. O posicionamento de Dilma, que vem dando sinais para acalmar a desconfian�a do mercado, ocorreu durante coletiva de imprensa no Pal�cio do Planalto.
Ela sinalizou ainda que n�o mexer� nem no centro nem no intervalo da meta de infla��o, cujo teto definido pelo Banco Central � de 6,5%. Dilma afirmou ainda que n�o est� fazendo o "arrocho" que a oposi��o havia anunciado. Durante a campanha eleitoral, o PT buscou associar seu opositor, A�cio Neves (PSDB) �s pol�ticas econ�micas impopulares que levariam, por exemplo, ao aumento do desemprego. Nesta quinta, contudo, ela disse que n�o est� fazendo "estelionato eleitoral" ao adotar medidas econ�micas como o aumento da taxa de juros, logo ap�s ser eleita para acalmar o mercado.
A presidente tamb�m voltou a comentar sobre a nomea��o de seu futuro ministro da Fazenda que substituir� Guido Mantega, e indicou que ele s� ser� definido semanas ap�s o G20, encontro com as vinte maiores economias do mundo que ser� realizado nos dias 15 e 16 deste m�s. Ela, contudo, deixou claro que ainda n�o fez convite nenhum.
Ela tamb�m admitiu hoje, em conversa com jornalistas, que pretende abrir um "processo de discuss�o" sobre a regula��o econ�mica da m�dia. Ela n�o sabe ainda como ser� esse processo, mas afirmou que "isso jamais poder� ser feito sem consultar a sociedade". Ela garante, no entanto, que isso n�o significa controle de m�dia ou censura. "Liberdade de imprensa � uma pedra fundadora da democracia. E a liberdade de express�o talvez seja a maior coisa que emergiu da democracia", disse. "Democracia � o direito de todo mundo ter uma opini�o mesmo que n�o concorde com ela", afirmou.
A presidente acrescentou que "outra coisa � confundir isso com a regula��o econ�mica do setor". "Essa � uma outra discuss�o. Diz respeito a monop�lios. Em qualquer setor econ�mico, seja energia petr�leo, tem regula��es e a m�dia n�o pode ter?", questionou. Dilma, por�m, falou que existem muitos pontos para discutir nesse assunto. Ela negou que a medida possa estar entrando em discuss�o para atingir casos espec�ficos. E afirmou que n�o acha que a medida atinja, por exemplo, a Rede Globo. "N�o acho que essa discuss�o possa atingir a Globo. N�o acredito que seja o caso, n�o vamos ficar demonizando uma rede de televis�o", garantiu. Dilma citou a discuss�o sobre o Marco Civil da Internet como um exemplo do modelo de discuss�o que pode ser feito em torno do assunto.