(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Manifesto de economistas ataca 'austeridade sob coa��o'


postado em 07/11/2014 18:31

S�o Paulo, 07 - Um grupo de mais de 700 economistas assinou um manifesto online criticando a ideia de que a austeridade fiscal e monet�ria seja o �nico meio para resolver os problemas brasileiros. "Esperamos contribuir para que os meios de comunica��o n�o sejam o ve�culo da campanha pela austeridade sob coa��o e estejam, ao contr�rio, abertos para o pluralismo do debate econ�mico em nossa democracia", diz o texto.

Sem citar nomes, o documento afirma que um dos vocalizadores do mantra pela austeridade chegou a afirmar que um segundo mandato de Dilma Rousseff s� seria levado a caminhar em dire��o � austeridade sob press�o substancial do mercado, o que foi chamado de "pragmatismo sob coa��o".

O manifesto, que conta com a assinatura de nomes como Maria da Concei��o Tavares, Luiz Gonzaga Belluzzo, Marcio Pochmann e Jo�o Sics�, argumenta que durante a campanha presidencial foram colocados em vota��o dois projetos para o Pa�s, e o vencedor foi o projeto favor�vel ao desenvolvimento econ�mico com redistribui��o de renda e inclus�o social. O documento conta, at� o fim da tarde desta sexta-feira, com 774 assinaturas.

Os economistas afirmaram que, na contram�o deste projeto, desde o primeiro dia ap�s a reelei��o de Dilma "a difus�o de ideias deu a impress�o de que existe um pensamento �nico no diagn�stico e nas propostas para os graves problemas da sociedade e da economia brasileira".

A avalia��o de representantes do mercado financeiro de que a desacelera��o da economia teria que ser combatida com a credibilidade proveniente de uma austeridade fiscal e monet�ria, afirma o manifesto, "� in�cuo para retomar o crescimento e para combater a infla��o em uma economia que sofre a amea�a de recess�o prolongada e n�o a expectativa de sobreaquecimento".

Para eles, se essa proposta for adotada isso ir� deprimir o consumo das fam�lias e os investimentos privados, levando a um c�rculo vicioso de desacelera��o ou queda na arrecada��o tribut�ria, baixo crescimento econ�mico e aumento na carga da d�vida p�blica l�quida na renda nacional.

O manifesto acrescenta que � fundamental a preserva��o da estabilidade da moeda e que os signat�rios do documento tamb�m s�o favor�veis "� m�xima efici�ncia e ao m�nimo desperd�cio no trato de recursos tribut�rios". "Rejeitamos, por�m, o discurso dos porta-vozes do mercado financeiro que chama de 'inflacion�rio' o gasto social e o investimento p�blico em qualquer fase do ciclo econ�mico."

O texto ainda critica o argumento de que as desonera��es aumentam os gastos p�blicos e a infla��o. Os economistas tamb�m avaliam que a infla��o manteve-se dentro do limite da meta inflacion�ria no governo Dilma Rousseff, "a despeito de not�veis choques de custos como a corre��o cambial, o encarecimento da energia el�trica e a infla��o de commodities no mercado internacional".

Para estes economistas, "� essencial manter taxas de juros reais em n�veis baixos e anunciar publicamente um regime fiscal comprometido com a retomada do crescimento, adiando iniciativas contracionistas, se necess�rias, para quando voltar a crescer".

Eles argumentam que a propor��o da d�vida p�blica l�quida na renda nacional n�o � preocupante, sob qualquer compara��o internacional. A possibilidade de recess�o e a car�ncia de bens p�blicos e infraestrutura social foram citados no manifesto como quest�es que preocupam os economistas.

Os pa�ses desenvolvidos que adotaram um programa de austeridade registraram um agravamento da recess�o, do desemprego, da desigualdade e da situa��o fiscal, complementa o texto.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)