
Na pauta j� est�o um projeto que autoriza a abertura de cr�dito suplementar para o Tribunal de Justi�a no valor de R$ 228,3 milh�es e para a Assembleia Legislativa, de R$ 54,3 milh�es, e outro que reajusta em 6% os sal�rios dos servidores do Minist�rio P�blico. Tamb�m est�o prontas para serem votadas duas propostas de emenda � constitui��o (PEC) que obrigam o estado a pagar emendas parlamentares, aprovada ontem na �ltima comiss�o, e a reintegrar ao quadro de servidores efetivos do estado os 96 mil profissionais sem concurso p�blico que dever�o ser exonerados por causa de decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF) que julgou inconstitucional a inclus�o desses servidores no quadro permanente do estado. Todas essas propostas somam quase R$ 1 bilh�o.
O l�der da oposi��o, deputado Ulysses Gomes (PT), garantiu que a oposi��o, que, a partir do ano que vem, vira situa��o, com Fernando Pimentel (PT) no governo, n�o tem inten��o de barrar nenhuma proposta nem “fugir do debate”, principalmente a que diz respeito ao aumento dos servidores. Afirmou, por�m, que “as pautas precisam ser discutidas antes e n�o podem ser trazidas pelo atual governo em fim de mandato sem nenhuma responsabilidade”. “A comiss�o de transi��o at� agora apresentou apenas dados soltos, sem consist�ncia e que n�o d�o ainda a no��o da real situa��o financeira do estado, que, sabemos, n�o � boa.” Segundo ele, a atual oposi��o conta com 21 contra 56 parlamentares da base governista, “n�mero suficiente para aprovar qualquer mat�ria, inclusive PECs”.
Amea�a
O l�der da maioria, Gustavo Valadares (PSDB), disse que a base n�o abre m�o de aprovar o or�amento impositivo, a PEC que reintegra os servidores da Lei 100 e o aumento salarial dos servidores, cuja data-base, segundo ele, foi em outubro. “Se n�o entrarmos em acordo em rela��o a essas propostas, n�o vamos votar o or�amento do ano que vem”, amea�a. Caso isso aconte�a, o governo ter� de executar o or�amento deste ano na parte de custeio e n�o poder� fazer nenhum investimento.
Segundo Valadares, o projeto do governo de aumento salarial n�o � nenhuma armadilha para dificultar a vida financeira do governador eleito. O deputado afirma que esse reajuste anual � previsto em lei aprovada pela pr�pria Assembleia e que ele nem pode ser considerado aumento e sim uma reposi��o das perdas dos trabalhadores com educa��o. Valadares tamb�m cobrou do futuro governo abertura de espa�o dentro da comiss�o de transi��o para um representante do Legislativo. “N�o existe um deputado estadual da base do governador eleito nessa comiss�o de transi��o. Toda informa��o que chega para a gente � atravessada”, critica o parlamentar.