O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou duramente a presidente da Rep�blica, Dilma Rousseff, ao comentar o envio de projeto de lei ao Congresso Nacional, pelo governo petista, para tentar driblar a meta fiscal. "A Dilma falou que eu quebrei o Pa�s tr�s vezes, n�o sei quando. Agora � ela quem est� quebrando (o Pa�s)", disse FHC, ap�s proferir palestra em um evento de tecnologia, em S�o Paulo, nesta quarta-feira, 12.
Al�m de rebater uma das maiores cr�ticas de Dilma nesta campanha presidencial, FHC ironizou a iniciativa do governo, dizendo que nem mesmo o Rei Pel� conseguiria driblar a meta fiscal. "� um drible que n�o da certo, vai mostrar a incompet�ncia de bem gerir a economia do Brasil, � um gol contra, n�o tem sentido."
Fernando Henrique disse que a situa��o do Pa�s � dif�cil e o governo da presidente Dilma n�o tem como cumprir o super�vit fiscal. "E devem reconhecer", sugeriu. "Vejo risco para a economia, pior a emenda do que o soneto." Indagado sobre as cr�ticas que seu partido vem fazendo � presidente reeleita, de que ela tem cometido estelionatos eleitorais ap�s a vit�ria, ele retrucou: "S�o tantos estelionatos eleitorais."
Ap�s proferir palestra no evento da empresa Symantec, de seguran�a em tecnologia, FHC almo�ou com a dire��o da companhia e, depois, concedeu uma r�pida entrevista. O envio do projeto do governo Dilma ao Congresso foi bastante criticado pela oposi��o. O governo argumenta que ele n�o � um cheque em branco. Na pr�tica, ele dar� grande flexibilidade para o governo administrar a meta de super�vit prim�rio das contas do setor p�blico, eliminando na pr�tica a meta fiscal, uma das conquistas da gest�o de FHC.
O governo decidiu enviar o projeto antes do an�ncio das medidas fiscais para o ano que vem porque pretende, com isso, garantir o cumprimento da meta, mesmo sem fazer o esfor�o fiscal prometido para 2014.
O projeto acaba com o limite fixo de R$ 67 bilh�es para o abatimento das desonera��es tribut�rias e dos investimentos do PAC. Portanto, o executivo federal ganhar� liberdade, caso o projeto seja aprovado, para abater da meta todo o volume do PAC e das desonera��es que for feito at� o final do ano.