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Estado de Minas

Dilma diz que Lava Jato pode 'mudar o pa�s para sempre'

Presidente comentou investiga��o da Pol�cia Federal ao participar da reuni�o do G-20, na Austr�lia


postado em 17/11/2014 06:00 / atualizado em 17/11/2014 07:32

Dilma afirmou que as investigações na Petrobras podem acabar com a impunidade. A oposição
Dilma afirmou que as investiga��es na Petrobras podem acabar com a impunidade. A oposi��o "cinismo" no discurso (foto: Roberto Stuckert filho/PR)
 

Bras�lia – Na primeira manifesta��o p�blica sobre a nova fase da Opera��o Lava a Jato, a presidente Dilma Rousseff disse ontem que as investiga��es sobre o esquema de corrup��o na Petrobras podem “mudar o Brasil para sempre”. Para a oposi��o, a petista se apropria inadequadamente da atua��o da Pol�cia Federal, do Minist�rio P�blico e da Justi�a Federal para se esquivar de suposta responsabilidade, j� que a empresa esteve subordinada a ela no governo Luiz In�cio Lula da Silva, quando comandou o Minist�rio de Minas e Energia (2003-2005) e a Casa Civil (2005-2010).


“Acho que isso (investiga��es da Lava a Jato) pode mudar, de fato, o Brasil para sempre. Em que sentido? No sentido de que se vai acabar com a impunidade. Nem todos, ali�s, a maioria absoluta dos membros da Petrobras, os funcion�rios, n�o � corrupta. Agora, h� pessoas que praticaram atos de corrup��o dentro da Petrobras”, disse a presidente, pouco antes do encerramento da reuni�o do G-20, na Austr�lia. De acordo com os investigadores, nove empreiteiras formavam um cartel para faturar contratos bilion�rios com a Petrobras. Para isso, pagavam propina a agentes p�blicos. S� com a estatal, elas movimentam R$ 59 bilh�es.

O discurso adotado por Dilma � semelhante ao usado na campanha eleitoral, quando ela precisava responder sobre os esc�ndalos no governo petista. Mais uma vez, ela disse que n�o � o primeiro caso de corrup��o na hist�ria do pa�s. “Acredito que a grande diferen�a dessa quest�o � o fato de ela estar sendo colocada � luz do sol. Por qu�? Porque esse n�o �, eu tenho certeza disso, o primeiro esc�ndalo. Agora, ele � o primeiro esc�ndalo investigado”, afirmou a presidente.

Dilma tentou isolar as empreiteiras dos supostos malfeitos dos executivos. “N�o acho que d� para demonizar as empreiteiras. S�o grandes empresas, e se ‘a’ , ‘b’, ‘c’ ou ‘d’, praticaram malfeitos, atos de corrup��o ou de corromper, acho que eles pagar�o por isso”, disse. De acordo com o Minist�rio P�blico Federal, as empreiteiras investigadas pela Lava a Jato mant�m contratos ativos com a administra��o p�blica federal que somam R$ 4,2 bilh�es.

A presidente tentou ainda preservar a Petrobras dos estragos causados pelo esc�ndalo. “O que n�s temos de condenar s�o as pessoas”, disse. “N�o � um monop�lio da Petrobras ter processos de corrup��o”, afirmou.

Cr�tica Para a oposi��o, a presidente foi c�nica ao comentar as investiga��es. “� de um cinismo sem tamanho. Ela n�o tomou nenhuma provid�ncia em nenhum momento durante tantos anos de desfalque na Petrobras, que foi usada para abastecer pol�ticos da base aliada. N�o se viu nenhuma a��o dela para combater essa corrup��o”, disse o l�der do PPS na C�mara, Rubens Bueno (SP). De acordo com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso na primeira fase da Lava a Jato e um dos delatores do esquema, as empreiteiras pagavam entre 2% e 3% de propina para pol�ticos do PT, PMDB e PP em troca de contratos com a Petrobras.

Rubens Bueno afirma ainda que a presidente tenta capitalizar um trabalho que n�o foi feito pelo governo. “Quem aprofundou a investiga��o? O Minist�rio P�blico Federal, a Pol�cia Federal e a Justi�a. Se dependesse do governo, estaria tudo encoberto”, comentou.

O l�der do PSDB na C�mara, Antonio Imbassahy (BA), disse que a presidente “n�o tem autoridade” para “se apropriar das investiga��es”. “Ela comandou a Petrobras nos anos de governo Lula. Como presidente tinha todos os instrumentos no governo para evitar esse esc�ndalo. Mesmo com a maior boa vontade que o brasileiro pode ter, ele n�o acredita que a presidente n�o sabia de nada. Pode ser que ela n�o soubesse de tudo, mas n�o d� para acreditar que n�o sabia de nada”, disse.


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