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Estado de Minas

Executivo de construtora pagou a esquema da Petrobras


postado em 19/11/2014 08:31 / atualizado em 19/11/2014 10:20

Dois executivos de construtoras presos sob suspeita de integrar um esquema de corrup��o em contratos com a Petrobras afirmaram em depoimentos � Pol�cia Federal que pagaram propina aos ex-diretores da estatal Renato Duque (Servi�os) e Paulo Roberto Costa (Abastecimento) e ao doleiro Alberto Youssef, alvos da Opera��o Lava Jato.

A suspeita dos investigadores, refor�ada pelos depoimentos dos empreiteiros presos e detalhada nos depoimentos de dela��o premiada de Costa e Youssef, � de que os desvios tinham como destino o caixa 2 de partidos da base de governo, especialmente PT, PMDB e PP, e tamb�m da oposi��o, como o PSDB.

Para os investigadores da Lava Jato, o depoimento mais contundente dos prestados pelos executivos de empresas � o do vice-presidente executivo da Mendes J�nior, S�rgio Mendes. Ele disse que pagou R$ 8 milh�es em quatro parcelas, entre julho e setembro de 2011, ap�s, segundo ele, sofrer extors�o para que n�o houvesse rompimento do contrato da obra da Refinaria Presidente Get�lio Vargas (Repar), no Paran�.

O vice-presidente da Mendes J�nior foi ouvido na ter�a-feira, 18 na sede da Pol�cia Federal de Curitiba. Disse ter sido "pressionado a fazer os pagamentos, sob pena de ter rompidos o atual contrato e futuros". S�rgio Mendes foi preso em regime preventivo sexta-feira. Ele declarou que o doleiro “agia em nome do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa”. O executivo relatou ainda como fez os pagamentos para empresas de Youssef, apontado como o operador do esquema do PP.

A Pol�cia Federal j� tinha apreendido nas buscas feitas nas empresas de fachada de Youssef os contratos feitos entre a Mendes J�nior que respaldaram legalmente os pagamentos de propina. S� a Mendes J�nior tinha R$ 1 bilh�o em contratos com a Petrobr�s, fora as empresas ligadas a ela.

Na segunda-feira, 17, outro executivo afirmou ter pago a Costa e tamb�m a Duque. Ao pedir a prorroga��o da pris�o tempor�ria do ex-diretor de Servi�os, por mais cinco dias ontem, a PF considerou as declara��es do executivo da Galv�o Engenharia. "Foi reconhecido ontem por Erton Medeiros Fonseca o pagamento de vantagens il�citas no �mbito da Diretoria de Servi�os, � �poca em que o cargo era ocupado por Renato Duque, corroborando com os elementos iniciais que apontam � responsabilidade de Renato Duque", assinala a Pol�cia Federal.

O ex-diretor, indicado por Jos� Dirceu ao cargo - algo que o ex-ministro nega -, � agora o novo foco da Opera��o Lava Jato.

O juiz federal S�rgio Moro, que conduz os processos do caso, determinou na ter�a-feira, 18, a quebra do sigilo banc�rio de Duque e de tr�s empresas que seriam usadas por ele e pelo operador do PMDB no esquema, Fernando Antonio Falc�o Soares, o Fernando Baiano. Ele se entregou ontem em Curitiba e teve a quebra de sigilo decretada. Foram decretadas ainda as quebras de sigilo de 14 executivos presos na s�tima etapa da opera��o. Ontem, parte deles foi solta.

Tentativas

O criminalista Marcelo Leonardo, que defende S�rgio Mendes, informou que vai tentar derrubar o decreto de pris�o por meio de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 4ª Regi�o (TRF4). O advogado afirmou que seu cliente "est� disposto a tudo" para colaborar com a pol�cia. Tanto o executivo da Mendes J�nior como o da Galv�o Engenharia, apesar de admitirem o pagamento de propina, negaram fazer parte de um "clube" de empreiteiras que agia como cartel.

A acusa��o da exist�ncia do "clube" foi feita por dois executivos que dizem ter integrado o cartel, J�lio Gerin Camargo e Augusto Ribeiro, do grupo Toyo Setal, que est� negociando um acordo de leni�ncia com o Conselho Administrativo de Defesa Econ�mica (Cade). A dupla da empresa tamb�m fez dela��o premiada e falou em pagamento de propinas. Os dois apontaram, al�m de Costa e Youssef, o envolvimento de Duque e do ex-gerente de Engenharia Pedro Barusco como recebedores de propina. A defesa de Duque nega que ele tenha participa��o no esquema de corrup��o e propina e afirma que foi preso injustamente. Costa e Youssef fizeram dela��o premiada e confirmam as propinas na estatal.


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