O suposto uso de favores e de programas sociais em troca de votos, levantado durante a Opera��o Curinga, deflagrada pela Pol�cia Federal e Minist�rio Publico Federal (MPF) para investigar a concess�o de aposentadorias irregulares em Monte Azul, no Norte de Minas, dever� ser apurado tanto pela Justi�a Eleitoral estadual quanto pelo Minist�rio P�blico Eleitoral. A informa��o foi confirmada ontem pelo MPF. O esquema, que seria comandado pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais, previa a concess�o de aposentadorias rurais a moradores da �rea urbana do munic�pio, com o uso de documentos e testemunhos falsos. Ser� aberto inqu�rito contra cada uma das 24 pessoas que receberam o benef�cio, causando preju�zo de R$ 200 mil aos cofres p�blicos.
De acordo com as investiga��es, o esquema tamb�m envolve lideran�as do PT no munic�pio – o vice Ant�nio Tolentino Teixeira (PT); a presidente da C�mara, Marineide Freitas (PT), e o vereador Geraldo Moreira dos Anjos (PT), o Ladim. Teixeira e Ladim apoiaram a campanha eleitoral de Paulo Guedes (PT) e Reginaldo Lopes (PT) candidatos a deputado estadual e federal mais votados em Minas.
Durante as investiga��es, por meio de escutas telef�nicas, foi verificado que os envolvidos tamb�m prometiam atender aos pedidos de inclus�o no Bolsa-Fam�lia em troca de votos. Por isso, o inqu�rito ser� desmembrado para a investiga��o dos ind�cios de pr�tica de crime eleitoral.
O PSDB divulgou ontem nota, na qual manifesta “protesto e perplexidade” diante das informa��es sobre as investiga��es da PF que “apontam os ind�cios de pratica de crimes na disputa eleitoral em nosso estado”. Na texto, o partido informa que “trabalhar� para que os fatos comprovados cheguem ao conhecimento de todo Brasil, assim como estar� vigilante para que os autores de tais crimes sejam punidos”.
Ouvido ontem, o deputado estadual Paulo Guedes voltou a negar com veem�ncia qualquer envolvimento nas supostas fraudes. “A Pol�cia Federal tem ampla liberdade para apurar toda as den�ncias. N�o tenho nadas a temer, pois nunca pratiquei nenhum il�cito”, afirmou. Quanto � informa��o de que as promessas de benef�cios em troca de votos foi flagrada em escutas telef�nicas da PF, ele comentou: “N�o tenho como controlar mais de 164 mil pessoas que votaram em mim. Se algu�m cometeu algum delito, a pessoa vai pagar por isso”.