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Estado de Minas

Diretor de empresa afirma que pagou US$ 40 milh�es em propina a Fernando Baiano


postado em 22/11/2014 11:29 / atualizado em 22/11/2014 12:09

Em depoimento de dela��o premiada � Justi�a, um diretor da empresa Toyo Setal afirmou que pagou U$ 40 milh�es ao empres�rio Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, para intermediar a compra de sondas de perfura��o para a Petrobras. No depoimento, J�lio Gerin de Almeida Camargo declarou que o valor foi repassado para Soares por meio de contas offshore indicadas por ele no Uruguai e na Su��a.

No termo de dela��o, Camargo afirmou que em 2005 atuou como agente da empresa Samsung para vender para a Petrobras duas sondas de perfura��o de �guas profundas na �frica e no Golfo do M�xico. Para fechar o neg�cio, o delator disse que procurou Soares "pelo sabido bom relacionamento" dele na �rea internacional e de abastecimento da empresa, dirigidas � �poca por Nestor Cerver� e Paulo Roberto Costa, respetivamente. Para tratar do neg�cio, o delator disse que participou de uma reuni�o na sala de Cerver�, na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, onde tamb�m estavam presentes o ent�o gerente executivo da �rea internacional Luiz Carlos Moreira, o ent�o vice-presidente da Samsung Harrys Lee e o gerente da Mitsui no Rio de Janeiro, Ishiro Inaguage.


Para fechar a compra, Camargo disse que se reuniu com Fernando Soares para acertar os valores do neg�cio. "Fernando Soares disse que precisaria ser paga a quantia de US$ 15 milh�es de d�lares para que ele 'pudesse concluir a negocia��o em bom '�xito' junto � Diretoria Internacional; (...) que isso revelava que Fernando Soares mantinha um 'compromisso de confian�a' com o diretor internacional Nestor Cerver�. (...) que acabou concordando em pagar os US$ 15 milh�es, pois era o �nico jeito de fechar o neg�cio; que o declarante fez um acordo com Fernando Soares", diz a dela��o.

O diretor da Toyo Setal informou ainda que Soares indicou as contas nas quais os valores deveriam ser depositados. "O declarante fez um acordo com Fernando Soares, atrav�s de uma empresa offshore dele; (...) que desse valor, o declarante repassou a t�tulo de propina a quantia da US$ 12,5 ou 15 milh�es a Fernando Soares; que essas transfer�ncias banc�rias da conta do declarante mantida no banco Winterbothan, no Uruguai, em nome de uma off-shore, para in�meras contas indicadas por Fernando Soares", diz o termo de dela��o.

No mesmo depoimento, Camargo relatou que, dois meses ap�s o neg�cio ser finalizado, foi procurado por Fernando Soares novamente para a compra de outra sonda, dessa vez para o Golfo do M�xico. Segundo o delator, na segunda compra, o valor pago de propina subiu para US$ 25 milh�es.

Para pagar a segunda venda, o diretor disse que fez novos pagamentos em uma contra offshore na Su��a. Parte do valor tamb�m passou pelas contas da GFD Invesimentos, uma das empresas de Alberto Youssef.

"Os valores foram transferidos ap�s a formaliza��o de contratos simulados de presta��o de servi�os com as empresas do declarante e emiss�o de notas fiscais pelas contratadas. Somando pagamentos feitos a Fernando Soares no exterior e no territ�rio nacional, assim como por meio de Alberto Youssef tamb�m destinados �quele, o declarante efetivou o pagamento total do montante exigido de US$ 40 milh�es de d�lares", declarou.

A defesa de Fernando Soares confirma que ele fez neg�cios com a Petrobras, mas de forma l�cita. O advogado dele M�rio Filho tamb�m diz que ele n�o cobra propina. "Ele � um empres�rio, propriet�rio de duas empresas antigas e faz prospec��o de neg�cios. Descobre onde est� o problema de uma infraestrutura e vai atr�s de solu��o. Por exemplo, vou fazer uma estrada, preciso de tantas toneladas de pedras. Ele faz o contato e, sobre a negocia��o, recebe uma porcentagem, que � absolutamente l�cito", disse.


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