Agora � oficial. Est� em documento divulgado sexta-feira pelo Pal�cio do Planalto. E traz informa��es importantes. A infla��o, por exemplo, que estava projetada em 6,2% para este ano, agora foi para 6,45%. Percebeu o detalhe? Apenas 0,05% de estourar a meta estipulada pelo pr�prio governo. E dezembro vem a�, com as compras de Natal, os presentes e, principalmente, os produtos da ceia. Vai estourar.
Tem mais. O crescimento econ�mico, que estava previsto em 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB), agora caiu para 0,5%. Por enquanto. E ainda reduziu a meta de super�vit prim�rio de R$ 116 bilh�es – que j� era p�fio – para R$ 10,1 bilh�es, que � praticamente nada. E o governo ter� de brigar com o Congresso para poder oficializar a ciranda cont�bil.
Esses s�o apenas alguns dados preocupantes sobre a economia e as contas do governo federal. Talvez por isso a presidente Dilma Rousseff (PT) tenha decidido adiar o an�ncio oficial da sua equipe econ�mica para o segundo governo. Mesmo ciente de que o mercado j� sabe que est� tudo decidido.
O ministro da Fazenda ser� o ex-secret�rio do Tesouro Nacional Joaquim Levy. O ministro do Planejamento ser� o ex-secret�rio executivo do Minist�rio da Fazenda Nelson Barbosa. E o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, deve continuar sentado na mesma cadeira que j� ocupa hoje.
Com tantas m�s not�cias, Dilma deve ter achado melhor anunciar a nova equipe econ�mica, da qual o mercado gostou, depois que elas forem digeridas. E para evitar o desgaste dela, deve escalar o atual ministro Guido Mantega para dar as devidas explica��es do p�ssimo desempenho da economia. Afinal, ele j� arrumou as gavetas e est� pronto parra pegar as malas e deixar o governo.
Que falta ele far�
“Se a elei��o n�o tivesse ocorrido h� 20 dias e fosse daqui a um m�s, seria como se estiv�ssemos em outro pa�s. O debate seria completamente diferente, e o resultado provavelmente seria tamb�m diferente, porque, desde o dia em que se proclamou o resultado at� hoje, os acontecimentos que v�m se verificando s�o realmente acontecimentos que mexem com o povo e com a gente, que trazem interroga��es com rela��o ao que houve e, de modo especial, ao que haver�.” Do senador Pedro Simon (PMDB-RS), em discurso da tribuna na quinta-feira. Ele realmente far� falta no ano que vem.
Mais miser�veis
A ministra de Desenvolvimento Social e Combate � Fome, Tereza Campello, deve passar aperto na Comiss�o de Desenvolvimento Econ�mico, Ind�stria e Com�rcio da C�mara dos Deputados esta semana. Ela ter� que explicar por que aumentou de 10,08 milh�es para 10,45 milh�es o n�mero de miser�veis no Brasil. E olha que os dados s�o oficiais, do Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea), aqueles que “curiosamente” a divulga��o foi adiada para depois das elei��es. Tanto que um diretor do Ipea pediu demiss�o por causa disso. Se servir de consolo, em 2003, o Brasil tinha 26,24 milh�es de pessoas na mis�ria.
O PP e a injusti�a
Embora a bancada na Assembleia Legislativa tenda a ficar, no m�nimo, independente em rela��o ao futuro governo de Fernando Pimentel (PT), nada est� definido ainda no partido. Quem garante � o deputado Luiz Fernando (PP-MG). Ele diz que a posi��o do partido propriamente dita ser� discutida internamente. Principalmente porque muitos pepistas n�o engoliram o que chamam de “injusti�a” feita com o governador Alberto Pinto Coelho, ali�s, presidente estadual da legenda, na escolha do candidato a governador. A “importa��o” de Pimenta da Veiga (PSDB) ainda n�o foi digerida.
Cuidar da vida
Assim que come�ou a circular a boataria de que assumiria a Secretaria Municipal de Rela��es Institucionais na Prefeitura de Belo Horizonte, o ex-deputado Danilo de Castro, h� 12 anos secret�rio de Estado de Governo nas gest�es de A�cio Neves, Antonio Anastasia e Alberto Pinto Coelho, ligou para o prefeito Marcio Lacerda (PSB) e avisou que n�o tem nenhum interesse no cargo. “A partir de 1º de janeiro do ano que vem vou cuidar da minha vida particular”, garante. Ser� que depois de tanto tempo, Danilo, mesmo sem cargo, vai conseguir ficar longe da pol�tica? � pouco prov�vel.
O passado condena
Ser� que a presidente Dilma Rousseff (PT) – embora as not�cias indiquem que ela j� foi convidada – ainda est� em d�vida sobre colocar a senadora K�tia Abreu (PMDB-TO) na cadeira de ministra da Agricultura? Afinal, seu passado partid�rio a condena. De 1998 a 2007, K�tia Abreu era do PFL. Com a mudan�a de nome do partido, ficou no DEM at� 2011. Depois pegou carona no PSD fundado pelo ex-prefeito de S�o Paulo Gilberto Kassab por dois anos. E no ano passado foi para o PMDB. Ser� que a escolha era para garantir estar em um partido da base do Pal�cio do Planalto para ser ministra?
PINGAFOGO

S� que a alegria de Jos� Dirceu durou pouco. O ministro Lu�s Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a autoriza��o. Detalhe importante: o Minist�rio P�blico deu parecer contr�rio.
A Assembleia Legislativa promove amanh�, no plen�rio, o “Ciclo de debates muda futebol brasileiro – Desafios de uma renova��o”, que vai discutir a��es e estrat�gias para modernizar a atual estrutura do esporte.
O detalhe curioso � que o debate sobre o futebol brasileiro seja feito no melhor momento do futebol mineiro. O Cruzeiro pode ser campe�o do Brasileiro hoje e ainda enfrenta o Atl�tico na quarta, na final da Copa do Brasil, j� garantida para Minas Gerais.
O PMDB continua o mesmo. As not�cias sobre a possibilidade de a senadora K�tia Abreu (PMDB-TO) assumir o Minist�rio da Agricultura irritaram os caciques do partido. � que nem consultados eles foram. Fizeram beicinho.
A cada dia aparece uma nova den�ncia na Petrobras. Ser� que a corrup��o na empresa � um po�o de petr�leo do pr�-sal t�o fundo assim?