Assessores de Dilma Rousseff dizem que, apesar de j� escolhido o nome do ex-secret�rio do Tesouro Joaquim Levy para a vaga de Guido Mantega no Minist�rio da Fazenda, a presidente deixou o an�ncio para esta semana, entre outros motivos, porque quer lidar com a resist�ncia dos petistas em rela��o � indica��o. O an�ncio ser� feito at� quinta-feira.
A escolha de Levy para a Fazenda, do ex-secret�rio executivo da Pasta Nelson Barbosa para o Planejamento e da manuten��o do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, para compor o triunvirato da equipe econ�mica, foi vazada por integrantes da equipe de Dilma na sexta-feira. Extraoficialmente, os rep�rteres foram informados de que o an�ncio seria feito naquele dia. Depois o Planalto divulgou, oficialmente, que nada seria anunciado.
Dilma passou o dia de ontem no Pal�cio da Alvorada, onde mora. Ao contr�rio dos finais de semana anteriores, quando come�ou a tratar da escolha da nova equipe, n�o houve entra e sai de pol�ticos e de auxiliares da presidente no Alvorada. O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, permaneceu em Bras�lia, � disposi��o da presidente, mas n�o foi chamado. Circularam informa��es de que Dilma fez algumas liga��es, uma delas para Giles Azevedo, seu chefe de gabinete, que poder� ser escolhido ministro de Minas e Energia, no lugar do senador Edison Lob�o, que � da cota do PMDB.
Entre os peemedebistas j� existe a certeza de que o Minist�rio de Minas e Energia sair� do controle do partido. Conformados, eles esperam ser recompensados com o Minist�rio de Cidades, hoje com o PP. Um dos candidatos para a pasta � o atual ministro da Avia��o Civil, Moreira Franco. Outro � o deputado Elizeu Padilha (RS), que abriu em favor de Dilma uma dissid�ncia no PMDB ga�cho que apoiou o tucano A�cio Neves na disputa eleitoral.
O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), informou ontem que o partido ainda n�o tratou da ocupa��o da Esplanada dos Minist�rios com Dilma. Ele est� conformado com a perda das Cidades. Acredita que ser� contemplado com uma outra pasta forte pois o partido manteve-se fiel ao governo tanto nas vota��es quanto na alian�a que apoiou Dilma na sucess�o presidencial.
O PTB, cuja c�pula apoiou a candidatura de A�cio Neves, e viu a base defender a petista, ocupar� um minist�rio pela primeira vez na administra��o de Dilma. Ela convidou o senador Armando Monteiro (PE) para o Minist�rio do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior. Monteiro foi presidente da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI) e ser� o canal de negocia��o com os empres�rios do setor.
A senadora K�tia Abreu (PMDB-TO), presidente da Confedera��o Nacional da Agricultura (CNA), foi convidada para o Minist�rio da Agricultura. A ruralista dever� fazer a ponte com o agroneg�cio. Representantes dos movimentos sociais j� tentam demover Dilma do convite. Os recados transmitidos � presidente carregam apelos do tipo "quem foi pra rua lutar por sua elei��o n�o foi K�tia Abreu".
Oriunda do DEM, quando fez forte oposi��o ao governo do PT, K�tia Abreu se transferiu para o PSD de Gilberto Kassab e, depois, para o PMDB. Mas entre os peemedebistas ela ainda � vista como uma estranha no partido e os principais dirigentes da legenda n�o apoiam a sua indica��o. Segundo os peemedebistas, o partido n�o ficar� nem um pouco chateado se Dilma desistir do convite � senadora.