(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Marina critica primeiras medidas econ�micas de Dilma


postado em 23/11/2014 18:01 / atualizado em 23/11/2014 20:16

A ex-ministra Marina Silva criticou duramente as primeiras medidas tomadas pela presidente Dilma Rousseff na economia ap�s o segundo turno das elei��es. Marina, que disputou a sucess�o presidencial pelo PSB, n�o quis fazer coment�rios sobre os nomes cogitados para os minist�rios do novo governo, mas acusou a presidente de tomar o rumo conservador, que na campanha tanto criticou.

A Executiva da Rede Sustentabilidade, partido que Marina n�o conseguiu ainda legalizar, realizou dois dias de reuni�o, em Bras�lia. A ex-ministra informou que os integrantes da agremia��o, que se filiaram ao PSB para a disputa eleitoral deste ano, continuar�o at� que se consiga as cerca de 32 mil assinaturas, que ainda faltam para viabilizar o partido.

Marina acusou de "marketing selvagem" o que o PT teria feito durante a campanha e que agora se mostraria incoerente. "Uma coisa foi o marketing selvagem para se ganhar a elei��o e outra coisa agora � a realidade. A nossa atitude de oposi��o independente � coerente com aquilo que falamos durante a campanha. Seremos contr�rios ao que julgarmos que seja ruim e favor�veis ao que for bom", disse a ex-candidata.

Entre os pontos criticados por Marina est� o aumento da taxa de juros e o an�ncio da redu��o do super�vit prim�rio em 2014 logo ap�s o fim das elei��es. O Banco Central elevou a Selic de 11% para 11,25% ao ano em outubro, surpreendendo o mercado financeiro. "Uma outra coisa que antes era tratada como um tabu durante a campanha eram os pre�os administrados. E j� vimos a��es tomadas logo ap�s a elei��o. Esta � a diferen�a entre a realidade e o mundo colorido do marketing selvagem do PT", completou.

Perguntada os nomes cogitados para o Minist�rio da Fazenda - primeiro Luiz Carlos Trabuco e, depois, Joaquim Levy, ambos do Bradesco - logo ap�s o PT ter cunhado a express�o "candidata dos banqueiros" para classificar Marina durante a campanha, a ex-ministra afirmou preferir n�o comentar nomes antes de um an�ncio oficial do governo.

Ainda assim, Marina lembrou que Levy foi bra�o direito do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e classificou o economista como "competente". Ela lembrou que Palocci foi o respons�vel pelo super�vit fiscal que superou a meta de 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2005 e chegou a 4,84%. "E a presidente Dilma criticou muito isso (a eleva��o do super�vit) durante a campanha."

Marina tamb�m n�o quis comentar a hip�tese de a senadora K�tia Abreu (PMDB-TO) vir a assumir o Minist�rio da Agricultura. "Vivemos um momento delicado, de uma vis�o desenvolvimentista, que n�o respeita o meio ambiente. O c�digo ambiental representou um retrocesso no Congresso e o desmatamento volta a crescer", avaliou.

J� o porta-voz da Rede Sustentabilidade, Walter Feldman, complementou dizendo que as medidas de ajustes ficais que j� v�m sendo tomadas pela presidente Dilma mostram que a economia, de fato, est� em uma situa��o mais dram�tica do que a que era mostrada na campanha do PT. "Aquela hist�ria de pobres contra ricos, trabalhadores contra banqueiros, n�o se mostrou uma verdade como era dita na campanha da Dilma."

Embora o PSB s� deva anunciar sua posi��o em rela��o ao governo federal at� 27 de novembro, pr�xima quinta-feira, a Rede Sustentabilidade j� se declara "oposi��o" � gest�o Dilma Rousseff. Antes da legaliza��o do partido, a Rede evita fazer um balan�o de parlamentares eleitos, mas, sem citar nomes de aliados, a estimativa � de que o novo partido tenha seis deputados estaduais, dois deputados federais e um senador na pr�xima legislatura.

Sobre as alian�as estaduais, Feldman afirmou que a Rede participar� dos governos apoiados pelo grupo nas elei��es deste ano desde que a forma��o dessas gest�es tenha afinidade program�tica com os ideais da Rede. "Vamos dar uma contribui��o real a esses governos, e n�o apenas ocupar espa�o. Indicaremos pessoas por crit�rios de capacidade t�cnica e administrativa. Queremos ter uma participa��o qualificada", concluiu.

As delibera��es da Executiva Nacional tomadas neste fim de semana ser�o levadas � reuni�o do diret�rio nacional da Rede Sustentabilidade, que ocorrer� no pr�ximo m�s. Somente em dezembro, portanto, a plataforma de oposi��o do grupo ser� conclu�da.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)