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Estado de Minas

Notas fiscais revelam pagamento de propina � Petrobras

Construtora investigada entrega documentos � Justi�a Federal que revelam pagamento de suborno de R$ 8,8 milh�es � Diretoria de Servi�os da estatal. Repasses ocorreram entre 2010 e 2014


postado em 25/11/2014 06:00 / atualizado em 25/11/2014 07:26

A construtora Galv�o Engenharia S/A, uma das investigadas pela Opera��o Lava a Jato por integrar o esquema bilion�rio de corrup��o na Petrobras, apresentou � Justi�a Federal, na manh� dessa segunda-feira, comprovantes do pagamento de suposta propina no valor de R$ 8,86 milh�es. A defesa de Erton Medeiros Fonseca, diretor da Divis�o de Engenharia Industrial da empreiteira, alegou que o suborno, pago em 20 parcelas entre novembro de 2010 e junho deste ano, foi direcionado a Shinko Nakandakari, “pessoa que se apresentou como emiss�rio da Diretoria de Servi�os da Petrobras na presen�a de Pedro Barusco”.

At� 2012, a diretoria era comandada por Renato Duque, um dos presos da Lava a Jato. Barusco exercia o cargo de gerente de Engenharia, subordinado a Duque. � a primeira vez que o nome de Nakandakari aparece nas investiga��es da Lava a Jato. Todas as licita��es da Petrobras passavam pela Diretoria de Servi�os, que ficava com 2% do valor dos contratos, segundo o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef. Para provar que a Galv�o Engenharia teria sido coagida a pagar propina, Fonseca se disp�s a fazer acarea��o com os dois.

Os advogados de Erton alegam que a Galv�o teve de fazer o pagamento para n�o ter problemas nos contratos firmados com a petrol�fera. “A cobran�a da vantagem indevida se deu em formato semelhante ao adotado pela Diretoria de Abastecimento, ou seja, com efetiva amea�a de retalia��o das contrata��es que a Galv�o Engenharia S/A tinha com a Petrobras caso n�o houvesse o pagamento dos valores estipulados de maneira arbitr�ria, amea�adora e ilegal”.

A empreiteira entregou 12 comprovantes � Justi�a. As notas fiscais indicam que a propina foi endere�ada � empresa LFSN Consultoria Engenharia S/S Ltda, um mecanismo usado para “lavar” o repasse de dinheiro sujo. Nas notas fiscais, o dinheiro foi usado para pagar “servi�os prestados conforme contrato”.

Outros

R$ 4 milh�es foram pagos pela empresa a Youssef e a Costa, considerados os l�deres do esquema criminoso. De acordo com a empreiteira, Youssef havia informado que o recurso abasteceu o Partido Progressista (PP). A consultoria est� registrada no nome de Shinko e dois filhos, Juliana Sendai Nakandakari e Lu�s Fernando Nakandakari. De acordo com os documentos apresentados, o valor bruto da propina ficou em R$ 8,86 milh�es. No entanto, descontando o Imposto de Renda e a Cofins, a quantia l�quida � de R$ 8,31 milh�es. O primeiro repasse, realizado em 8 de novembro de 2010, no valor de R$ 750 mil, foi direcionado a Lu�s Fernando Sendai Nakandakari.

Depois, de 6 de janeiro a 4 de novembro de 2011, a consultoria de fachada recebeu sete parcelas de R$ 660 mil. De 11 de janeiro a 26 de abril de 2012, a empreiteira fez outros quatro pagamentos de R$ 440 mil. Em 4 de fevereiro do ano passado, mais R$ 115 mil. Por fim, a construtora repassou, no per�odo compreendido entre 7 de mar�o de 2013 a 25 de junho deste ano, as �ltimas sete parcelas de R$ 215,85 mil. As investiga��es apontaram que a Galv�o Engenharia fechou contratos com a Petrobras, entre 2010 e 2014, que somam R$ 3,47 bilh�es.


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