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Estado de Minas

Levy 'm�os de tesoura' vira salvador da pol�tica fiscal


postado em 27/11/2014 09:37 / atualizado em 27/11/2014 10:36

Chamado por poucos de "Joca", por muitos de "trator" e por petistas de "m�os de tesoura", o engenheiro naval e Ph.D. em economia Joaquim Levy ser� anunciado nesta quinta-feira ministro da Fazenda no lugar de Guido Mantega com a miss�o de encarnar, agora, o papel de “salvador da p�tria” da pol�tica fiscal depois das manobras cont�beis que abalaram a credibilidade do Pa�s.

Levy desperta esperan�a e apreens�o dentro do governo. Se por um lado a presidente Dilma Rousseff aposta na obstina��o e no seu conhecimento t�cnico para, por exemplo, ser capaz de entregar o super�vit que for prometido, por outro lado a ortodoxia do economista para cumprir suas miss�es arrepia governistas, que temem o comprometimento dos avan�os sociais da gest�o petista.

O escolhido para comandar a Fazenda no segundo mandato costumava protestar quando algum de seus assessores do Tesouro Nacional lhe comprava bilhetes na classe executiva em viagens internacionais, previsto pelo regulamento do setor p�blico. “Com esse dinheiro, viajam dois”, reclamava.

Quando controlou a chave do cofre do Tesouro, entre 2003 e 2006, no governo Lula, costumava bater de frente com a ent�o ministra de Minas e Energia Dilma Rousseff. Especialmente porque ele tentava intervir em quest�es da pasta, como no epis�dio do marco regulat�rio de energia, que estava em elabora��o pela ent�o ministra. Casos como esse geraram brigas entre os dois e at� a expuls�o dele do gabinete dela.

Mesmo assim, a hoje presidente resolveu acatar a sugest�o do nome de Levy movida pela raz�o e n�o pela emo��o. Ele vem sendo descrito por economistas como “o mais completo” para a fun��o de ministro.

FMI

Al�m da forma��o acad�mica que passa por mestrado na Funda��o Get�lio Vargas e doutorado na Universidade de Chicago - com carta de recomenda��o escrita por seu ex-professor Arminio Fraga -, Levy conheceu a pol�tica monet�ria de v�rios pa�ses quando trabalhou no Fundo Monet�rio Internacional (FMI).

Adquiriu experi�ncia com a estrutura de gastos da m�quina federal durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, quando foi secret�rio adjunto de Pol�tica Econ�mica, economista-chefe do Planejamento e, j� na gest�o Lula, chefe do Tesouro. Estreitou rela��es com ag�ncias internacionais de classifica��o de risco quando foi da dire��o do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Como secret�rio de Fazenda do Rio, conheceu em profundidade as finan�as estaduais. E foi na diretoria do Bradesco Asset Management que aprofundou sua rela��o com o mercado financeiro.

Quando atuou no governo federal, mandou contratar secret�rias em tr�s turnos diferentes. A �ltima costumava encerrar o expediente �s 2 horas. Muitas vezes, Levy trabalhava at� o in�cio da madrugada, voltava para sua casa, nadava alguns quil�metros e voltava ao trabalho. Ou dormia algumas horas no sof� do pr�prio gabinete para dali retomar mais um dia. E-mails enviados �s 3 horas e liga��es �s 7 horas costumam ser rotina at� hoje.

Se Dilma Rousseff e Joaquim Levy concordam no jeito austero e duro de cobrar os subordinados, agora resta a expectativa, por parte do mercado e de governistas, se a presidente estar� disposta a dar autonomia para conduzir a pol�tica econ�mica na qual acredita.


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