Brasileiros buscam provas contra cartel na Su��a

Uma delega��o de promotores e procuradores brasileiros viaja nesta semana para a Su��a em busca de provas, extratos banc�rios e informa��es sobre as contas relativas �s supostas propinas nas licita��es envolvendo os cart�is dos trens S�o Paulo, a Alstom e em obras p�blicas no Brasil. A meta � identificar, com os novos documentos, funcion�rios p�blicos e mesmo pol�ticos que tenham se beneficiado das propinas.

A Justi�a da Su��a confirmou ao jornal O Estado de S.Paulo que disp�e de um "amplo material" em rela��o ao envolvimento da Alstom em contratos suspeitos no Brasil. Berna tamb�m deu indica��es que, apesar de uma rela��o conturbada nos �ltimos anos em torno desse assunto, est� disposta a colaborar.

O processo sobre neg�cios da Alstom no Brasil n�o andou na Justi�a da Su��a. Isso ocorreu diante da constata��o de que as eventuais propinas foram pagas antes de uma lei entrar em vigor no pa�s europeu tornando crime o pagamento de subornos a funcion�rios p�blicos estrangeiros. Al�m disso, a Alstom pagou uma multa milion�ria para encerrar o caso na Justi�a su��a.

Mas nem por isso o Minist�rio P�blico local fechou as portas para uma colabora��o com o Brasil. Os su��os haviam bloqueado dinheiro em nome do conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Robson Marinho. Ele seria um ator chave na investiga��o da atua��o da Alstom no Brasil. Documentos sobre suas contas tamb�m foram repassados ao Brasil.

Mas o Brasil quer mais agora. Os promotores brasileiros querem dos su��os informa��es sobre lobistas que teriam atuado como intermedi�rios, emitindo notas falsas como empresas de consultoria. A suspeita � de que esses servi�os prestados jamais existiram e que o dinheiro pago a essas consultorias era a propina para garantir contratos p�blicos e terminava em contas secretas na Su��a.

Com as informa��es sobre a movimenta��o desses consultores, a esperan�a dos promotores brasileiros � o de chegar a novos funcion�rios p�blicos e at� pol�ticos que tenham sido beneficiados com o dinheiro do cartel que, entre o final dos anos 90 e 2008, ganhou contratos bilion�rios da CPTM e do Metr� do Distrito Federal.