Ex-diretores da Petrobras passam por acarea��o sobre esquema de propinas

Integrantes do Comiss�o Parlamentar Mista de Inqu�rito da Petrobras preparam os question�rios para apertar os ex-diretores da estatal na acarea��o desta ter�a-feira no Senado. Na avalia��o do deputado federal respons�vel pela convoca��o de Paulo Roberto Costa e Nestor Cerver�, �nio Bacci (PDT-RS), o sil�ncio de Costa n�o deve comprometer o rumo das investiga��es. “Ele n�o vai falar, mas vai ouvir”, criticou Bacci. “� um direito constitucional, mas ele s� usa porque tem culpa. Ele tem medo de enfrentar os poderosos. � neste momento que tenho saudades do Roberto Jefferson, que teve coragem de enfrentar Dirceu”, comparou Bacci, referindo-se ao mensal�o revelado pelo delator com detalhes.

Os ex-diretores t�m obriga��o de comparecer � acarea��o hoje. Eles j� estiveram na comiss�o em momentos diferentes. Costa se recusou a responder qualquer pergunta e Cerver� negou ter havido desvio de dinheiro na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Ele tamb�m afirmou, em setembro, desconhecer negocia��es de acertos financeiros de Costa na Petrobras. “Ele vai repetir o que fez no �ltimo depoimento, vai ficar calado. N�o � o momento dele falar e tenho que preserv�-lo”, afirmou o advogado de Costa na Opera��o Lava a Jato, Jo�o Mestiere.

Alta Em Curitiba, o doleiro Alberto Youssef, que estava internado desde s�bado no Hospital Santa Cruz devido a fortes dores abdominais, febre e queda de press�o, recebeu alta. Cardiopata cr�nico, Youssef foi internado pela quarta vez por decorr�ncias da doen�a. Ele recebeu medicamentos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), passou por exames e realizou uma tomografia. O resultado dos exames dele n�o foi revelado. O advogado do doleiro, Ant�nio Figueiredo Basto, afirmou ter “tomado medidas para que Youssef receba o tratamento adequado”.

Cunhada envolvida

Cunhada do tesoureiro do PT, Jo�o Vaccari Neto, Marice Correa de Lima � destinat�ria de dinheiro do esquema de corrup��o da Petrobras, segundo investiga��es da Opera��o Lava a Jato. Documentos mostram uma negocia��o entre o doleiro Alberto Youssef e um funcion�rio da empresa OAS, em que o endere�o dela aparece como destino de uma entrega._Um organograma feito pela Pol�cia Federal explica a suposta movimenta��o do dinheiro de Youssef para a empreiteira OAS. Segundo a PF, o funcion�rio da empresa Jos� Ricardo Breghirolli, preso na opera��o, orienta Youssef a levar os valores para um endere�o espec�fico, o de Marice. O relat�rio d� detalhes da negocia��o e indica entregas de dinheiro feitas por Youssef em v�rias cidades do pa�s.

Em depoimento � PF, Marice confirma que mora no endere�o citado na mensagem do funcion�rio da OAS para Youssef. Ela tamb�m disse que tem pouco contato com o cunhado Vaccari. Diz ainda que desconhece as pessoas citadas pelos investigadores e nega que tenha sido entregue qualquer coisa a ela. Jo�o Vaccari, cunhado de Marice, tem negado qualquer envolvimento com o esquema do doleiro.