A primeira tentativa do sindicato de “cobrar a fatura”, por�m, n�o deu resultados. Interlocutores do governador eleito pediram paci�ncia. Com a resposta, o sindicato decidiu fazer da manifesta��o marcada para quinta uma mostra de que � extremamente forte entre os funcion�rios da Cemig e que pode utilizar esse poder durante o pr�ximo governo em momentos, por exemplo, como os de negocia��o salarial.
A manifesta��o de quinta-feira, oficialmente, ser� para cobrar reajuste de 6% nos sal�rios dos trabalhadores da empresa e o fim das terceiriza��es na estatal. Atualmente, conforme dados do Sindieletro, a empresa tem 7,5 mil funcion�rios efetivos e 20 mil que n�o passaram por concurso p�blico. O coordenador-geral do Sindieletro, Jairo Nogueira Filho, confirmou o interesse da categoria por diretorias da estatal.
Representantes da entidade pleitearam as pastas de Gest�o Empresarial, Distribui��o e Comercializa��o, Gera��o e Transmiss�o e de Rela��es Institucionais e Comunica��o, al�m do comando da Forluz (o fundo de pens�o da empresa) e do plano de sa�de dos funcion�rios da empresa. “Temos nomes para indicar. Dentro da pr�pria categoria temos indica��es que podem cumprir todos esses pap�is”, diz Jairo Nogueira.
O coordenador-geral do Sindieletro afirma que o mais importante � participar das escolhas, e que isso j� foi repassado ao governador eleito. “N�o queremos ser surpreendidos por nomes”, justifica. S�o 11 as diretorias da Cemig. Al�m das quatro de interesse do sindicato, existem ainda a presid�ncia, vice-presid�ncia, Finan�as e Rela��es com Investidores, Jur�dica, Desenvolvimento de Neg�cios, G�s e Comercial.
O pr�ximo encontro de representantes do sindicato com o governador eleito dever� ocorrer no dia 13. A entidade organiza para o dia o semin�rio “Uma outra Cemig � poss�vel”. O objetivo � discutir a estatal no novo governo. Pimentel foi convidado, mas ainda n�o confirmou presen�a.
Segundo um especialista no setor de energia, s�o grandes as chances de o Sindieletro ocupar cargos na Cemig. Por�m, as indica��es dever�o ocorrer para �reas do segundo escal�o, como superintend�ncias e ger�ncias. “Tem muita gente competente no sindicato, mas a tend�ncia � que as diretorias sejam comandadas por pessoas mais ligadas ao mercado”, avalia o especialista.
A Cemig � uma das maiores estatais de energia do pa�s. Em Minas, � respons�vel pelo fornecimento do insumo a 774 dos 853 munic�pios do estado. Ao todo, s�o 7,5 milh�es de consumidores. A empresa opera 70 usinas, com capacidade instalada de 7.295 megawatts. No ano passado, a Cemig registrou lucro l�quido de R$ 3,1 bilh�es.