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Estado de Minas

PT mapeia cargos federais nos Estados para compensar perda de minist�rios

A �ltima vez que o partido mapeou os cargos federais espalhados pelo Brasil foi em 2003, quando o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva assumiu o Planalto. Ideia � fazer uma esp�cie de %u201Crecall%u201D dos cerca de 15 mil postos federais fora de Bras�lia


postado em 21/12/2014 08:07 / atualizado em 21/12/2014 09:49

Conformado com a perda de espa�o no minist�rio do segundo governo Dilma Rousseff, o PT prepara um avan�o sobre os cargos de confian�a do governo federal nos Estados e em grandes munic�pios como forma de reverter pelo menos em parte o preju�zo. A ideia � fazer uma esp�cie de “recall” dos cerca de 15 mil postos federais fora de Bras�lia identificando indica��es politicamente obsoletas e ocupando os espa�os. “Estamos fazendo um mapa dos cargos federais nos Estados para saber quem � quem, quem indicou, qual a avalia��o que a gente tem disso, e fazer uma proposta (de nomes � presidente)”, disse o presidente nacional do PT, Rui Falc�o.

A �ltima vez que o partido mapeou os cargos federais espalhados pelo Brasil foi em 2003, quando o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva assumiu o Planalto. Na �poca, o encarregado do invent�rio foi o ent�o secret�rio nacional de Organiza��o do PT, S�lvio Pereira, que chegou a ter uma sala para trabalhar no Pal�cio do Planalto.

Dois anos depois, no auge do esc�ndalo do mensal�o, Silvinho, como � conhecido, pediu desfilia��o do PT sob acusa��o de ter ganho um Land Rover de presente de uma empreiteira que tinha neg�cios com o governo federal. O ex-dirigente petista agia sob o comando do ent�o ministro da Casa Civil Jos� Dirceu, que cumpre pris�o domiciliar pela condena��o no mensal�o. Desta vez, o PT optou por um caminho diferente. Em vez de fazer o levantamento a partir de Bras�lia, a Secretaria Nacional de Organiza��o do partido foi incumbida de elaborar um mapeamento minucioso, Estado por Estado, com base em informa��es repassadas pelos diret�rios regionais da sigla.

O objetivo � identificar as vagas cujas indica��es “caducaram” politicamente, seja porque os padrinhos perderam prest�gio, seja em fun��o do realinhamento de partidos que apoiaram o governo Lula e hoje fazem oposi��o � gest�o Dilma Rousseff. “A ideia � melhorar a representatividade. �s vezes, tem gente l� que n�o representa mais as for�as que comp�em a base do governo”, disse o atual secret�rio nacional de Organiza��o do PT, Florisvaldo Souza.

Segundo ele, existe ainda uma terceira categoria de ocupantes destes postos federais que s�o os t�cnicos de carreira al�ados a postos de confian�a automaticamente depois que os indicados pol�ticos deixaram as vagas. Eles tamb�m est�o na mira do PT. “Tem lugares em que a pessoa indicada saiu e acabou ficando algum t�cnico de carreira, sem qualquer compromisso pol�tico”, disse o dirigente petista.

Segundo fontes do partido, os principais objetivos do levantamento s�o acomodar o chamado baixo clero petista e manter uma margem de manobra para negociar a composi��o da base de apoio ao segundo mandato de Dilma na C�mara. Entre os alvos est�o indica��es feitas pelo PSB, hoje na oposi��o, que sobreviveram ao desembarque do partido do governo, em 2013, apadrinhados por ex-senadores e ex-governadores hoje aposentados - a exemplo de Jos� Sarney (PMDB) - e at� petistas que perderam o poder ou se envolveram em esc�ndalos.

Embora Dilma tente contemplar todos os partidos aliados na montagem do governo com cargos no primeiro e segundo escal�es, o PT n�o tem seguran�a sobre como ser� o comportamento do Congresso com a pulveriza��o de parlamentares nos 28 partidos, seis deles representados na C�mara pela primeira vez. Segundo petistas, o fen�meno s� poder� ser compreendido depois do in�cio da nova legislatura e os cargos de confian�a nos Estados podem ser usados para negocia��es com parlamentares no varejo.

De acordo com o Boletim Estat�stico de Pessoal do Minist�rio do Planejamento, existem quase 23 mil cargos de confian�a em todo o governo federal. Os sal�rios v�o de R$ 2,1 mil a R$ 12,9 mil. O minist�rio n�o soube informar quantos destes cargos est�o fora da capital federal, mas o PT estima em dois ter�os desse contingente.

Cerca de 75% das vagas, no entanto, s�o reservadas a funcion�rios de carreira, sobrando pouco menos de 6 mil postos em todo o Pa�s para livre nomea��o (mais informa��es no texto abaixo). Os n�meros n�o levam em conta cargos em estatais e autarquias, que tamb�m est�o na mira do PT. De acordo com o secret�rio de Organiza��o, o partido ainda n�o tem um n�mero fechado. Apesar de reivindicar a prioridade para preencher estes postos, o PT toma cuidados para n�o pisar nos calos de aliados no Congresso e, principalmente, dos governadores - parte importante do modelo de governabilidade do segundo mandato.


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