Enquanto a presidente Dilma Rousseff indica uma guinada rumo ao conservadorismo fiscal no segundo mandato, o PT aprovou neste final de semana uma nova plataforma partid�ria com pontos que v�o no sentido contr�rio. Entre outras pautas, o diret�rio nacional da sigla decidiu encampar a defesa do fim do fator previdenci�rio - mecanismo que desestimula aposentadorias precoces - e a ado��o da jornada de trabalho de 40 horas semanais.
Tanto o fim do fator previdenci�rio, que reduz em at� 30% os rendimentos dos trabalhadores que se aposentam antes da idade m�nima, quanto a jornada de 40 horas semanais, s�o demandas hist�ricas da Central �nica dos Trabalhadores (CUT), que teve papel decisivo nas mobiliza��es em defesa do segundo mandato de Dilma.
Quando presidente, Luiz In�cio Lula da Silva chegou a vetar uma decis�o do Congresso que acabava com o fator previdenci�rio. O plano de rever o mecanismo foi abra�ado pelo tucano A�cio Neves na campanha. Dilma chegou a chamar a promessa de “demagogia” e prometeu criar uma comiss�o para buscar alternativas. Sempre se esquivou, por�m, de se comprometer com fim do fator.
O pr�prio A�cio acabou recuando e, ainda na campanha, passou a n�o ser t�o taxativo sobre acabar com o mecanismo. No documento, o PT, que mostrou contrariedade com a escolha de Joaquim Levy para a Fazenda, indica que n�o vai desistir da inten��o de ter maior influ�ncia nos rumos do segundo governo Dilma.