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Estado de Minas

Valor de propina era tratado na Petrobras, diz executivo


postado em 03/12/2014 16:07 / atualizado em 03/12/2014 16:53

O delator da Opera��o Lava Jato Augusto Mendon�a, executivo da Toyo Setal, afirmou � Pol�cia Federal que as negocia��es de pagamento de propina eram feitas tamb�m na sede da Petrobras. Em depoimento prestado no dia 29 de outubro � PF, como parte do acordo de dela��o firmado pelo executivo com o Minist�rio P�blico, Mendon�a diz que conversava por telefone com o ex-diretor de Servi�os da Petrobras Renato Duque e com o ex-gerente de engenharia Pedro Barusco para marcar encontros.

� PF, o executivo disse que as reuni�es eram realizadas na sede da estatal, onde trabalhavam Duque e Barusco, e em locais p�blicos, como restaurantes e caf�s. Entre os estabelecimentos citados est�o o restaurante Gero, no Leblon, Alcaparra, no Flamengo, e EskCaf�, no Centro. Esses encontros eram promovidos para negocia��es dos valores a serem pagos e tamb�m para a realiza��o de um cronograma e um acompanhamento da realiza��o dos pagamentos de propina.

Mendon�a contou ainda que o acompanhamento do pagamento das propinas era feito por uma esp�cie de "conta corrente", que listava o fluxo dos pagamentos, nome dos projetos, valor da propina acertada, pagamentos efetuados e o saldo de cada um. Tais controles existiam tamb�m em papel, mas o documento foi destru�do ap�s a deflagra��o da Opera��o Lava Jato, em mar�o deste ano.

Os codinomes 'Tigr�o', 'Melancia' e 'Eucalipto' voltaram a aparecer nas dela��es. Eles j� haviam sido citados, mas ainda n�o foram identificados pela PF. Segundo o delator, os codinomes s�o referentes a tr�s homens que serviam de emiss�rios de Duque e Barusco, respons�veis por retirar os pagamentos feitos por Mendon�a. O delator soube apenas descrever fisicamente dois dos emiss�rios, dizendo que um deles era mulato, forte, com idade aproximada de 55 anos e com 1,85 m de altura. O outro, segundo o executivo, era baixo, de pele muito branca e com idade pr�xima a 60 anos.

No mesmo depoimento, Mendon�a revelou que parte das propinas pagas no esquema de corrup��o envolvendo a Petrobras era recebido como doa��o oficial para o PT. Al�m disso, a propina vinha de remessas destinadas ao exterior, sendo uma das contas intitulada "Marinelo". Parte da propina era paga tamb�m em dinheiro vivo. O PT e Duque, contudo, negam que tenham recebido propina de empreiteiras.

Lava Jato

O depoimento foi prestado ap�s Camargo ter fechado em outubro um acordo de dela��o com o Minist�rio P�blico Federal no �mbito das investiga��es da Opera��o Lava Jato. A pr�pria Toyo Setal tamb�m firmou acordo de leni�ncia com o MPF para contribuir com as investiga��es a fim de desmontar um esquema de corrup��o envolvendo a Petrobras.


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