S�o Paulo - O presidente e o diretor de opera��es da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), respectivamente M�rio Bandeira e Jos� Luiz Lavorente, est�o entre os 33 indiciados pela Pol�cia Federal no inqu�rito que investigou o cartel no setor metroferrovi�rio que operou em S�o Paulo entre 1998 e 2008, nos governos de M�rio Covas, Jos� Serra e Geraldo Alckmin.
Todos os indiciados s�o investigados pelos crimes de corrup��o passiva e ativa, forma��o de cartel, crime licitat�rio, evas�o de divisas e lavagem de dinheiro. Cerca de R$ 60 milh�es dos alvos est�o bloqueados. O inqu�rito chegou � Justi�a Federal na segunda-feira.
O nome do ex-diretor da CPTM, Jos� Roberto Zaniboni, tamb�m est� entre os 33 indiciados pela PF, conforme revelou nesta quinta-feira, 04, o jornal O Estado de S.Paulo. Ele � acusado de receber propina das empresas via lobistas. O esquema foi revelado em outubro de 2013, pelo ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer, em dela��o premiada � PF. Em seu depoimento, Rheinheimer relatou sobre suposto pagamento de propina de multinacionais a deputados e funcion�rios p�blicos.
Zaniboni mantinha conta secreta na Su��a com saldo de US$ 826 mil. O dinheiro, segundo seu advogado, Luiz Fernando Pacheco, j� foi repatriado pelo pr�prio Zaniboni, com recolhimento de impostos.
Nessa quinta-feira, uma delega��o de procuradores e promotores brasileiros se reuniu em Berna com integrantes do Minist�rio P�blico da Su��a. A meta � identificar o percurso do dinheiro encontrado em contas em Zurique.
Os autos foram remetidos para o Supremo Tribunal Federal, �rg�o que det�m compet�ncia para processar os parlamentares citados por Rheinheimer na dela��o. O depoimento prestado por Rheinheimer � Justi�a foi ratificado pelas provas reunidas no inqu�rito.
O Supremo devolveu � PF parte da investiga��o que n�o atingia autoridades com foro privilegiado. Depois disso, a pol�cia passou a colher depoimentos e rastrear eventuais fluxos de recursos il�citos em contas dos suspeitos no caso do cartel.
Alguns investigados j� haviam sido indiciados antes da remessa do inqu�rito ao STF. A outra parte foi enquadrada ap�s o retorno dos autos.
Procurada pela reportagem, a Alstom informou por meio de nota que "n�o pode se manifestar" em raz�o de o inqu�rito correr sob segredo de Justi�a.
A Siemens disse apoiar o "total esclarecimento" do epis�dio e refor�ou ter tido "proatividade" ao divulgar os resultado das auditorias que deram in�cio �s investiga��es da Pol�cia Federal.
Tamb�m por meio de nota oficial, a Mitsui afirmou estar colaborando com as investiga��es que est�o em andamento. A empresa tamb�m informou que n�o vai comentar a men��o de um ex-funcion�rio na lista de indiciados da Pol�cia.