Porto Alegre, 05 - O l�der do PMDB na C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), afirmou nesta sexta-feira que sua candidatura � Presid�ncia da Casa n�o tem um perfil de oposi��o ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT), mas deixou claro que n�o conta com o apoio do PT para se eleger. "N�o estamos construindo uma candidatura de oposi��o. N�o ser� uma candidatura de oposi��o, mas tamb�m n�o ser� uma candidatura subserviente a nenhum poder, nem ao Executivo nem ao Judici�rio", disse a jornalistas em sua chegada � capital ga�cha, onde veio fazer campanha. "Ser� uma candidatura que busca a independ�ncia, a atua��o do Parlamento com independ�ncia."
O deputado disse que, desde que anunciou sua inten��o de concorrer � posi��o hoje ocupada pelo tamb�m peemedebista Henrique Eduardo Alves (RN), no dia 2 de dezembro, j� passou por Mato Grosso do Sul, Paran� e Santa Catarina antes de chegar ao Rio Grande do Sul. "Boas visitas e boa recep��o", falou. Segundo ele, o objetivo � rodar todos os Estados para debater ideias e propostas com os parlamentares em suas regi�es. Hoje, em Porto Alegre, al�m de encontrar o prefeito Jos� Fortunati (PDT) e o governador eleito Jos� Ivo Sartori (PMBD), Cunha ter� um jantar com deputados federais e estaduais eleitos este ano.
Cunha afirmou que recebeu o apoio do PSC e do Solidariedade mesmo antes de confirmar sua candidatura. As duas legendas, junto com PMDB, PR e PTB, formam um "bloc�o" informal de vota��o na C�mara. O deputado explicou que, al�m desses partidos, tamb�m est� conversando com Democratas, PPS, PSDB, PP, PSD e PRB, e que aguarda para os pr�ximos dias a manifesta��o favor�vel de outras siglas que j� sinalizaram ades�o � sua candidatura.
"Al�m das conversas partid�rias, fomos para as bancadas tem�ticas como sa�de, bancada ruralista, bancada evang�lica, e estamos indo para os Estados para buscar as bancadas nos seus pr�prios Estados. Queremos debater para discutir as propostas que vamos implementar caso sejamos eleitos", disse.
Sobre o PT, Cunha argumentou que "n�o fechou a porta a ningu�m" e que pretende dialogar com todos os deputados da Casa que estiverem dispostos a ouvir suas propostas, mas afirmou que o partido governista j� se mostrou contr�rio ao seu nome. "O PT como bancada j� teve um posicionamento. Eles disseram que n�o queriam di�logo num certo momento. Mas se eles sinalizarem que querem o di�logo, estou dispon�vel para conversar", revelou.