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Estado de Minas

Para generais, Comiss�o da Verdade cometeu 'injusti�a'


postado em 10/12/2014 20:07

Bras�lia, 10 - Generais da ativa e da reserva consultados nesta quarta-feira, 10, foram un�nimes em repudiar o trabalho desenvolvido pela Comiss�o Nacional da Verdade. O principal argumento � o de que o grupo cometeu uma imensa injusti�a. A avalia��o � a de que as conclus�es do trabalho foram duras e desproporcionais, contaminadas pelo vi�s ideol�gico e em que se acusam injustamente mortos que n�o podem se defender.

Para essas fontes, os estragos ainda est�o sendo contabilizados e o momento � de controle dos danos. A ideia �, primeiro, fazer avalia��o do que aconteceu e uma leitura atenta do relat�rio para depois come�ar a articular a��es judiciais de indeniza��o moral por acusa��es, segundo eles, sem provas.

Um dos generais da ativa ironizou a conclus�o do relat�rio da Comiss�o da Verdade que considerou "at� certo ponto, muito positivo", no ponto em que a CNV responsabiliza a cadeia de comando pelos crimes cometidos durante o regime militar, e o Pal�cio do Planalto endossa a tese. No relat�rio, lembrou o general, a Comiss�o acaba por defender a tese do "dom�nio do fato", defendida pelo ent�o relator do mensal�o, no Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, que foi t�o criticada pelo governo, que sempre disse desconhecer que qualquer irregularidade estivesse sendo cometida. Para ele, isso significa, ent�o, que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff podem ser responsabilizados pelo mensal�o e pelos desvios da Petrobras, seguindo o mesmo racioc�nio usado para acusar os comandantes militares.

O ex-ministro do Ex�rcito general Leonidas Pires Gon�alves, 93 anos, que foi responsabilizado por ter sido chefe do Estado-Maior do I Ex�rcito de 1974 a 1976, a quem era vinculada a chefia do Centro de Opera��es de Defesa Interna (CODI), classificou como "hipocrisia" e uma "injusti�a" a inclus�o do seu nome nesta lista. "Eu j� desafiei e desafio de novo que algu�m tenha sido torturado neste per�odo em que o DOI CODI estava sob minha responsabilidade. Este comportamento n�o � �tico", declarou o general Leonidas. "O problema � que quem est� no poder cria a sua verdade, que normalmente n�o � a verdade verdadeira e se n�s f�ssemos criar uma Comiss�o da Verdade, com certeza a hist�ria seria outra", comentou.

"N�o se trata de defender quem violou direitos humanos. Tamb�m n�o aceitamos isso. Mas a comiss�o precisava tratar os dois lados de forma imparcial porque, do nosso lado, tamb�m houve mortos e direitos humanos � para todo mundo", disse o presidente do Clube Militar, general da reserva Gilberto Pimentel, que fala em nome do pessoal da ativa, que n�o pode dar declara��es. "Ao enumerar 400 pessoas na lista, eles perdem a credibilidade porque conhe�o muita gente que est� lista e n�o tem nada com isso", desabafou ele. O general Pimentel repudiou ainda a proposta de revogar a lei de anistia. "Isso � inaceit�vel", declarou.

Divis�o

O relat�rio tamb�m serviu para acirrar os �nimos nas For�as Armadas. Houve muitas cr�ticas ao atual comandante do Ex�rcito, general Enzo Peri, que, segundo militares, deveria ter assumido a postura de l�der e se posicionado antes da publica��o do relat�rio, condenando o que j� se apresentava. A postura serviria como uma resposta para o p�blico interno, que est� se sentindo "aviltado" com as acusa��es. Agora, acreditam que perdeu-se a oportunidade e que qualquer manifesta��o posterior n�o ter� mesmo efeito, j� que teria uma postura defensiva e de rea��o a uma a��o. Esta decep��o n�o significa que poder� ocorrer qualquer tipo de quebra de hierarquia. Neste momento, a unidade em torno do comandante � considerada fundamental. H� apenas uma avalia��o de que se perdeu a oportunidade de responder aos "ataques inver�dicos", sob a alega��o de que cada militar est� se sentindo atingido.


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