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Estado de Minas

Secret�rio do Tesouro deixa as "pedaladas" de lado e corre na Esplanada


postado em 14/12/2014 12:49 / atualizado em 14/12/2014 13:41

Bras�lia - Acusado de "pedalar" as contas do governo durante todo o ano, o secret�rio do Tesouro Nacional, Arno Augustin, acordou bem cedo na manh� deste domingo para correr. Ele conseguiu fazer os 5 km oficiais da prova - ou 4 km e 770 metros na marca��o do GPS de um dos participantes - em 35 minutos e 28 segundos.

A ministra do Planejamento Miriam Belchior, cotada para assumir a presid�ncia da Caixa ou o Minist�rio das Cidades, cruzou a linha de chegada tr�s minutos na frente do secret�rio, mas com a artimanha de ter optado pela outra modalidade do circuito: caminhar 2,5 km. "J� estava programado de ela chegar antes", brincou o secret�rio.

Colegas de Esplanada, os dois estavam entre os 600 participantes da 1ª Corrida do Tesouro Nacional. A competi��o, que teve R$ 83 mil de patroc�nio da Caixa, arrecadou duas toneladas de alimentos, que ser�o doadas a institui��es de caridade.

Arno � criticado dentro e fora do governo pela gest�o fiscal, marcada por manobras cont�beis para garantir o cumprimento das metas. Entre as mais conhecidas est� a "pedalada", pr�tica de adir despesas, mesmo obrigat�rias, para obter um resultado melhor no presente, apesar de a conta sempre ficar para ser quitada no futuro.

Ao longo de 2014, o governo atrasou os repasses do Tesouro Nacional para que os bancos, principalmente a Caixa, pagasse benef�cios previdenci�rios e sociais, como o Bolsa Fam�lia. Houve represamento de recursos para o pagamento de at� mesmo programas vitrines de Dilma Rousseff, como o Minha Casa Minha Vida.

Arno tem o apoio de Dilma e pode ocupar o cargo de assessor especial da Presid�ncia na segunda gest�o. O economista de 54 anos, filiado ao PT desde a funda��o do partido, come�ou a correr h� um ano e meio, depois que parou de fumar, a convite do subsecret�rio de Planejamento e Estat�sticas Fiscais, Cleber de Oliveira.

Na largada, �s 8h30, na frente do Minist�rio da Fazenda, Arno parou para acertar o pr�prio cron�metro antes de dar o pique. N�o ficou, claro, no pelot�o de frente, mas manteve o ritmo durante quase toda a prova, cujo trajeto partia da Fazenda, passava por todos os minist�rios, descia � Pra�a dos Tr�s Poderes e terminava no local onde Arno trabalha todos os dias, de terno e gravata.

A parte mais dif�cil, contou o pr�prio secret�rio, foi a subida do Pal�cio do Planalto, onde a presidente despacha, para o Congresso Nacional. Tarefa t�o �rdua quanto a aprova��o da proposta que liberou o governo de cumprir a meta fiscal. Depois quase 19 horas de sess�o e muita confus�o, os parlamentares aprovaram, no in�cio deste m�s, o projeto que permite ao governo fechar as contas deste ano. Na pr�tica, a meta de ao menos R$ 81 bilh�es deixa de existir e as contas podem at� mesmo ficar no vermelho.

Depois de cruzar a linha de chegada, a reportagem do Estado perguntou ao secret�rio o que ele considerava mais dif�cil: correr 5 km ou entregar a meta de super�vit prim�rio. "� mais f�cil correr a meia maratona", respondeu ainda ofegante e com a camisa encharcada de suor. Com tanta disposi��o, disseram que ele j� poderia pensar na S�o Silvestre, prova com 15 km em tradicionais pontos da regi�o central de S�o Paulo. R�pido no gatilho, ele revidou: prefere a meia maratona de Nova Iorque (21,1 km).


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