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Estado de Minas

Gra�a Foster confirma que colocou cargo � disposi��o de Dilma

Segundo ela, a decis�o foi tomada diante do risco de que a perman�ncia da diretoria inviabilizasse a aprova��o do balan�o da estatal


postado em 17/12/2014 13:42 / atualizado em 17/12/2014 13:51

Graça Foster disse que a diretoria continua enquanto contar coma confiança da presidente Dilma Rousseff(foto: Evaristo Sá)
Gra�a Foster disse que a diretoria continua enquanto contar coma confian�a da presidente Dilma Rousseff (foto: Evaristo S�)

Rio - A presidente da Petrobras, Gra�a Foster, confirmou nesta quarta-feira, durante coletiva de imprensa, que colocou seu cargo e de toda a diretoria � disposi��o da presidente Dilma Rousseff. Segundo ela, a decis�o foi tomada diante do risco de que a perman�ncia da diretoria inviabilizasse a aprova��o do balan�o da estatal.

Gra�a afirmou ainda que as investiga��es da Opera��o Lava Jato indicaram a necessidade de "uma sinaliza��o positiva de que a diretoria est� em condi��es, do ponto de vista de sua governan�a, de assinar o balan�o".

"Eu preciso ser investigada, os diretores, n�s precisamos ser investigados. E para isso precisamos das auditorias internas. Eles chegam, entram na sua sala, abrem seus arm�rios, pegam seus pap�is, computadores. E isso � bom", disse Gra�a.

Segundo ela, a diretoria permanece "enquanto contar com a confian�a da presidente e ela entender que devo ficar". Gra�a afirmou que conversou com Dilma "uma, duas, tr�s vezes", mas que uma defini��o "� ela quem tem que falar".

"A coisa mais importante para a diretoria � a Petrobras, muito mais importante que o meu emprego. Temos discutido isso no conselho tamb�m, essa � a motiva��o de se discutir a conveni�ncia de nossa perman�ncia em fun��o do balan�o", disse a executiva. "Os funcion�rios, 85 mil funcion�rios, cobram que sejamos respeitados tamb�m pela governan�a", completou.

Segundo a executiva, a n�o apresenta��o do balan�o n�o foi uma imposi��o da auditoria externa, PriceWaterhouse Coopers (Pwc). "N�s n�o est�vamos prontos", afirmou. "Os resultados das investiga��es tornaram evidente que n�s precisamos fazer baixa no patrim�nio l�quido da companhia."

Gra�a afirmou que "n�o h� seguran�a" de que informa��es do resultado financeiro ser�o divulgadas "em sua plenitude" nos pr�ximos 45 dias. Esse � o prazo para a divulga��o do balan�o do terceiro trimestre deste ano, sem ter que antecipar o pagamento de d�vidas. A publica��o do balan�o n�o auditado est� previsto para 30 de janeiro.

"Estamos trabalhando para fazer avalia��o do real valor do ativo. A gente chama de efeito da Opera��o Lava Jato, um nome menos feio. O nome correto � corrup��o", afirmou Gra�a.

A preocupa��o da empresa � que o patrim�nio da empresa seja revisto � medida que novas dela��es � Pol�cia Federal deem a dimens�o do volume de recursos desviados.

Apesar de admitir que a empresa passa por um momento de dificuldade, Gra�a garante que a empresa n�o tem problema de caixa para dar conta dos investimentos. "N�o vamos ter problema de financiabilidade. N�o batemos na porta do governo para pedir dinheiro".

Posicionamento


Gra�a cobrou do governo federal um "posicionamento urgente" sobre a situa��o das empresas envolvidas na Lava Jato. Segundo ela, comprovadas as den�ncias de corrup��o, a estatal ficaria proibida de contratar as empresas que atuam nos principais estaleiros do Pa�s na constru��o de embarca��es e plataformas para a Petrobras, o que poderia comprometer a produ��o da companhia.

"� urgente que o governo se posicione de alguma forma para resolver os impactos da opera��o lava jato no que se refere �s empresas. N�s precisamos delas ou de licita��es internacionais para que possamos atingir a curva de produ��o. Uma vez evidenciada uma s�rie de fraudes e corrup��o, n�o podemos contrat�-las, essa � a grande amea�a � curva de produ��o", afirmou Gra�a Foster.

A executiva sugeriu que o governo elaborasse um projeto de continuidade do Promimp, programa lan�ado em 2003 para priorizar a ind�stria naval brasileira no atendimento �s encomendas da Petrobras para explora��o do pr�-sal. "� preciso fazer o Promimp 2 urgentemente", afirmou.

"� fundamental que o governo se organize urgentemente para que resolva as empresas, por que o mercado se fecha, ela n�o consegue se financiar e come�a uma serie de problemas em decorr�ncia disso", complementou Gra�a.

Inc�modo

A executiva afirmou que est� "absolutamente confort�vel" para responder �s investiga��es da Lava Jato. A executiva, que em 2012 demitiu Paulo Roberto Costa da diretoria de Abastecimento, e tamb�m outros diretores hoje implicados nas investiga��es de corrup��o, disse tamb�m que � �poca "sabia o que incomodava" no "estilo de gest�o" dos outros diretores.

A executiva foi questionada se j� tinha ind�cios de irregularidades na empresa quando assumiu a presid�ncia, em abril de 2012. Poucos meses ap�s sua posse, Gra�a Foster demitiu o ex-diretor de abastecimento, Paulo Roberto Costa, e tamb�m Renato Duque, ex-diretor de Servi�os, e Nestor Cerver�, ex-diretor da �rea Internacional.

"Sabia o que me incomodava. S�o estilos de gest�o diferentes. N�o me metia no que estava sendo feito", afirmou a executiva. Segundo ela, a diretoria atual trabalha mais pr�xima e com "intromiss�o muito grande".

"N�o poderia trabalhar com a independ�ncia das �reas. N�o saberia fazer. Entendi, por tudo que se passava, que, no caso da diretoria de abastecimento, seria uma conviv�ncia quase imposs�vel. E outros diretores entenderam, por raz�es diferentes, que a conviv�ncia comigo tamb�m n�o seria f�cil ou por que queriam fazer outras coisas da vida. Essa foi a grande a raz�o", explicou.

A executiva afirmou ainda que a diretoria n�o "tem receio da verdade". "Estamos diante de voc�s por que n�o temos receito da verdade. Estamos absolutamente confort�veis, buscando na nossa mem�ria as respostas para ser justo com as pessoas", afirmou.


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