(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Com den�ncias aceitas, pol�ticos viram o foco da Lava-Jato

Juiz S�rgio Moro acata as acusa��es do MP contra �ltimos tr�s r�us. Pr�ximo passo deve ser a abertura de inqu�rito para investigar rela��es de autoridades com organiza��o criminosa


postado em 18/12/2014 00:12 / atualizado em 18/12/2014 08:09

Jo�o Valadares

Bras�lia – Pouco mais de um m�s ap�s a deflagra��o da s�tima fase da Opera��o Lava-Jato, os 39 suspeitos, grande parte executivos das maiores empreiteiras do Brasil, viraram r�us em seis diferentes a��es penais. Na manh� de ontem, o juiz federal S�rgio Moro, � frente dos processos referentes ao esquema de corrup��o na Petrobras, acolheu a �ltima den�ncia proposta pelo Minist�rio P�blico Federal (MPF). Com a decis�o, o ex-diretor da �rea Internacional da estatal, Nestor Cerver�, o lobista Fernando Soares, mais conhecido como Fernando Baiano, e o executivo da Toyo Setal J�lio Camargo passam a responder processo por corrup��o e lavagem de dinheiro. O Supremo Tribunal Federal (STF) deve autorizar a abertura de inqu�rito contra dezenas de pol�ticos ligados � organiza��o criminosa no come�o do pr�ximo ano.

Nesta quarta-feira, a Justi�a tamb�m aceitou a den�ncia contra o doleiro Alberto Youssef, que, a exemplo do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, j� virou r�u em outras a��es. De acordo com o Minist�rio P�blico e a Pol�cia Federal, Fernando Baiano e Nestor Cerver� teriam recebido, entre 2006 e 2007, US$ 40 milh�es de suborno para agilizar a contrata��o de navios-sonda utilizados na perfura��o de �guas profundas na �frica e no M�xico.

No despacho, o magistrado declara que o MPF “narra que, em julho de 2006, J�lio Camargo, agindo como representante do estaleiro Samsung Heavy Industries Co, conseguiu junto � Petrobras que a empresa em quest�o fosse contratada para o fornecimento de um navio-sonda para perfura��o em �guas profundas. O contrato teria sido obtido mediante o pagamento de vantagem indevida de US$ 15 milh�es a Nestor Cerver�, ent�o diretor Internacional da Petrobras, com a intermedia��o de Fernando Soares”.

Mais adiante, o juiz explica que o ex-diretor da �rea Internacional da petroleira intermediou a transa��o. “Nestor Cerver�, em vista da vantagem indevida, recomendou � Diretoria Executiva da Petrobras a contrata��o da Samsung, o que foi feito, em 14 de julho de 2006, pela subsidi�ria Petrobras International Braspetro BV pelo pre�o de US$ 586 milh�es”, ressalta.

A den�ncia do Minist�rio P�blico atesta ainda que, em maio de 2007, J�lio Camargo, agindo como representante do estaleiro Samsung Heavy Industries Co, conseguiu junto � Petrobras que a empresa em quest�o fosse contratada para fornecimento de um segundo navio sonda. “O contrato teria sido obtido mediante o pagamento de vantagem indevida de US$ 25 milh�es a Nestor Cerver�, ent�o diretor Internacional da Petrobras, com a intermedia��o de Fernando Soares”, assegura o MPF.

Em sua decis�o, Moro ressaltou que “reuniu o MPF um n�mero significativo de documentos que amparam as afirma��es constantes nas den�ncias, especialmente o envolvimento diretor de Nestor Cerver� nas contrata��es dos navios-sondas e as dezenas de transa��es financeiras relatadas pelo criminoso colaborador e que representariam atos de pagamento de propinas e de lavagem de dinheiro".

Na ter�a-feira, Moro havia acatado mais duas den�ncias contra 17 pessoas, incluindo os presidentes da Camargo Correa, Dalton Santos Avancini, da UTC, Ricardo Ribeiro Pessoa, e Adarico Negromonte, irm�o do ex-ministro das Cidades M�rio Negromonte.

Vem por a�
A expectativa � que as acusa��es formais � Justi�a contra o ex-diretor de Servi�os Renato Duque s� sejam encaminhadas no pr�ximo ano. Outras empreiteiras que participaram do esquema e ficaram de fora deste primeiro momento tamb�m v�o ser enquadradas. H� ainda a proposi��o de a��es de improbidade contra as pessoas jur�dicas das empresas do cartel e o aprofundamento das investiga��es nos neg�cios da petroleira no exterior.

Duque apresentou, por meio de seus advogados, pedido para sacar o Fundo de Garantia do Tempo de Servi�o (FGTS), referente �s atividades realizadas na D3TM – Consultoria e Participa��es Ltda. Ontem, o Minist�rio P�blico fechou mais um acordo de dela��o premiada. Desta vez, quem decidiu abrir o jogo em troca de redu��o de pena foi Rafael �ngulo Lopes, ligado ao doleiro Alberto Youssef, apontado como integrante do esquema de disque-propina.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)