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Estado de Minas

'A Dilma n�o comprou os delegados', afirmam policiais


postado em 18/12/2014 20:01

S�o Paulo, 18 - Os delegados de Pol�cia Federal lan�aram nesta quinta-feira, 18, um grito de guerra contra aqueles que se op�em � sua atua��o. "N�o podemos deixar que a Pol�cia Federal vire poeira, como querem nossos advers�rios; 2014 foi o ano do 'bateu, tomou'. Aqui � assim, voc� n�o vai bater n�o, porque aqui a gente trabalha, a gente l� os inqu�ritos, n�? Aqui a gente trabalha, bateu, levou", convocou o delegado Edson F�bio Garutti Moreira, que integra os quadros da Delegacia de Combate a Il�citos Financeiros (Delefin) da PF em S�o Paulo.

O brado dos policiais federais ocorreu durante almo�o em uma churrascaria em S�o Paulo, no qual foram homenageados dois delegados respons�veis pelas investiga��es mais emblem�ticas e espetaculares dos �ltimos anos, a Opera��o Lava Jato e o inqu�rito sobre o cartel metroferrovi�rio.

M�rcio Adriano Anselmo coordenou a Lava Jato, que desmantelou esquema de corrup��o e propinas na Petrobras. A Lava Jato resultou na Opera��o Ju�zo Final, que levou para a pris�o os principais executivos das maiores empreiteiras do Pa�s e revelou repasses il�citos para pol�ticos e partidos.

Milton Fornazzari Junior presidiu o inqu�rito do cartel e indiciou 33 investigados por corrup��o, evas�o de divisas, lavagem de dinheiro e fraude a licita��es. Na semana passada, a pedido de Fornazzari, a Justi�a Federal bloqueou R$ 614,3 milh�es de investimentos de cinco multinacionais, entre as quais as gigantes Siemens e a Alstom, e de uma empresa brasileira, envolvidas com o cartel dos trens.

"Percebam! Lava jato, investiga��o Petrobras, governo do PT. Caso Siemens/Alstom, investiga��o de S�o Paulo, governo do PSDB. Por que isso? Por que Lava Jato � PT e Siemens/Alstom � PSDB? Que raio de institui��o � essa que n�o respeita os partidos, que investiga todo mundo? � a imparcialidade, a isen��o do delegado de Pol�cia Federal,", declarou Edson Garutti, sob aplausos de seus pares.

Os delegados est�o irritados porque quando o governo editou a Medida Provis�ria 657, uma antiga aspira��o da categoria, a institui��o foi atacada. A MP 657 coloca o delegado de pol�cia como o �nico com prerrogativa de dirigir a PF. A dire��o-geral da PF agora � cargo exclusivo de delegado de Pol�cia Federal. Antes, at� coronel do Ex�rcito j� havia ocupado o posto m�ximo da corpora��o.

"Quando a MP 657 foi aprovada pelo Senado levantaram-se essas vozes, que os delegados de Pol�cia Federal tinham sido comprados, que a Dilma tinha comprado a Lava Jato", disse Garutti. "A gente falava que isso � um absurdo, que isso n�o acontece, n�o aconteceu e n�o acontecer�. S� que nossas vozes eram poucas perto da gritaria que estavam fazendo em cima disso, dizendo que a gente tinha sido comprado."

Quatro dias depois da aprova��o da MP 657 eclodiu a Ju�zo Final, s�tima fase da Lava Jato. "Isso p�s por terra todos os argumentos que a Pol�cia Federal tinha sido comprada", acentua o delegado. "A s�tima fase da Lava Jato foi muito incisiva, teve pris�es, teve apreens�es, teve declara��es, teve colabora��o premiada, teve coopera��o internacional, teve de tudo nessa investiga��o. Os incans�veis delegados de Pol�cia Federal, aqui representados pelo doutor M�rcio Anselmo, trouxeram para gente esse presente. Porque quando todo mundo dizia que a Dilma tinha comprado os delegados, de repente, a s�tima fase foi deflagrada."

"A nossa resposta veio logo, dias depois da edi��o da MP 657, com a s�tima fase da Lava Jato e com a representa��o do dr. Milton Fornazzari, que conseguiu judicialmente o bloqueio de mais de 600 milh�es de reais (do cartel de trens), uma das maiores decis�es de bloqueio da hist�ria desse Pa�s", prosseguiu Edson Garutti. "Uma representa��o de um delegado dirigida ao juiz, com manifesta��o do Minist�rio P�blico, como tem que ser. Essa foi a nossa resposta; 2014 foi assim: sempre que a gente estava numa sinuca de bico, por causa das ofensas irrogadas por outras categorias policiais ou por outras institui��es, sempre que a gente estava nessa sinuca, respondemos com trabalho, com determina��o, com a legalidade, com a Constitui��o."

Os delegados miram, agora, uma orienta��o institucional do Minist�rio P�blico Federal, que na pr�tica barra os pedidos por eles enviados diretamente � Justi�a Federal - solicita��es de quebra de sigilo e bloqueio de bens de investigados, por exemplo.


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