Bras�lia – A 10 dias do fim do ano e antes dos pedidos para 2015, a presidente Dilma Rousseff tem pela frente uma das tarefas mais complicadas da gest�o. Ao fazer uma reforma ministerial “em partes”, a defini��o de 34 nomes do primeiro escal�o ficou para a �ltima hora. Nesta semana, Dilma ter� o desafio de atender aos pedidos do PMDB sem, contudo, esbarrar em nomes citados nas den�ncias da Opera��o Lava-Jato, da Pol�cia Federal. O Pal�cio do Planalto ainda se preocupa com as manifesta��es previstas para a posse da petista em 1º de janeiro, em Bras�lia.
Cabe a Dilma ainda decidir se vai atender aos desejos do PMDB, que pede seis cadeiras, uma a mais em rela��o �s ocupadas no primeiro mandato. Atualmente, o partido controla Minas e Energia, Previd�ncia Social, Agricultura, Turismo e Avia��o Civil, mas est� de olho no Minist�rio da Integra��o Nacional, tamb�m cobi�ado pelo PROS – atual mandat�rio da pasta – e pelo PP.
A equa��o ministerial ficou ainda mais complicada com a revela��o da lista de 28 pol�ticos citados pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa como benefici�rios do esquema de corrup��o na estatal, conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo. Um nome que era antes cotado, como o do presidente da C�mara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), tem menos for�a de entrar na escala��o de Dilma. Tamb�m citado na Opera��o Lava-Jato, o ministro de Minas e Energia, Edison Lob�o, � outro que deve deixar o governo. Peemedebistas dizem, no entanto, que Lob�o j� havia demonstrado a vontade de deixar o cargo, assim como Garibaldi Alves (PMDB-RN), chefe da Previd�ncia.
Receios A equipe de Dilma Rousseff tamb�m teme a mobiliza��o nas redes sociais para eventos contra a posse da presidente. O ministro da Secretaria-Geral, Gilberto Carvalho, enfatizou o interesse do PT em ter um n�mero grande de entusiastas na festa do 1º de janeiro, na Pra�a dos Tr�s Poderes. “Achamos que, se botarmos s� 10 mil pessoas na pra�a, � um convite para que o outro lado fa�a uma provoca��o. Se botarmos bem mais gente que isso, duvido que algu�m vai querer fazer alguma provoca��o”, disse Carvalho na semana passada. O receio � que a aus�ncia da celebra��o popular na noite de 31 de dezembro poder� esvaziar a festa da posse de Dilma.
Na sexta-feira, o Tribunal de Justi�a do Distrito Federal (TJDF) acatou o pedido da liminar do Minist�rio P�blico impedindo que qualquer contrato seja assinado ou pagamentos sejam feitos pelo GDF em preg�es eletr�nicos da organiza��o da festa. Para contornar o problema, o PT nacional j� est� planejando alternativas de entretenimento para os que forem a Bras�lia no dia 31. Para fechar o ros�rio de Dilma, a Federa��o Nacional dos Trabalhadores em Avia��o Civil, filiada � CUT, promete manifesta��es “surpresas” nos aeroportos do pa�s.
A escala��o
» O que Dilma definiu at� agora
Minist�rio da Fazenda
Joaquim Levy
Minist�rio do Planejamento
Nelson Barbosa
Minist�rio do Desenvolvimento
Armando Monteiro
Secretaria-Geral da Presid�ncia
Miguel Rossetto
Minist�rio da Agricultura
K�tia Abreu