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Estado de Minas

Dilma tenta reduzir poder de PT e PMDB


postado em 28/12/2014 08:31

Bras�lia, 28 - Ao entregar o Minist�rio das Cidades para Gilberto Kassab, presidente do PSD, e a pasta da Educa��o para Cid Gomes, principal nome do PROS, a presidente Dilma Rousseff tenta fortalecer e criar novas linhas de articula��o pol�tica em seu segundo mandato. Ao mesmo tempo, procura reduzir o poder de influ�ncia dos dois principais partidos da coaliz�o em seus palcos favoritos: o PT dentro do pr�prio governo e o PMDB, no Congresso.

A prioridade para o in�cio do segundo mandato � dar liberdade de trabalho ao novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Ele foi escolhido para adotar uma pol�tica econ�mica de ajuste fiscal severo, a fim de fazer convergir a infla��o no centro da meta planejada (4,5%), produzir o super�vit prim�rio sem truques cont�beis e manter o c�mbio sob controle, com o d�lar a R$ 2,40. Na vis�o da presidente, essa � uma quest�o que est� fora da pauta dos partidos, por significar a pr�pria sobreviv�ncia do projeto de governo.

Por isso, conforme um auxiliar do Planalto, Dilma sabe da necessidade de reduzir o poder de seu partido. Tend�ncias mais � esquerda, como o PT de Lutas e Massas, exigem a demiss�o de Levy antes mesmo da posse e ainda chiam da escolha para a Fazenda. O racioc�nio da presidente � o de que quanto maior for o protagonismo de petistas e peemedebistas, mais ela ficar� ref�m das exig�ncias das duas legendas. O PMDB, sempre pedindo mais espa�o pol�tico e dificultando vota��es no Congresso; o PT, pregando a volta da doutrina econ�mica heterodoxa de Guido Mantega.

Ministro, Kassab vai mais uma vez trabalhar pela cria��o de uma nova legenda. Em 2011, ele fundou o PSD a partir de dissid�ncias do DEM. Agora, buscar� a fus�o do partido com outros menores, o que resultaria no cria��o do novo Partido Liberal (PL).

Nas contas do ex-prefeito de S�o Paulo, assim que o plano for executado, sua legenda ser� catapultada da quarta para a primeira ou segunda maior bancada da C�mara dos Deputados, passando dos atuais 37 para cerca de 70 deputados - mesmo n�mero do PT e 4 a mais que o PMDB, a partir de 2015.

Articulador inconteste, como j� provou na forma��o do PSD, Kassab poder� ampliar o poder de atrair parlamentares para o novo partido ao comandar Cidades. Trata-se de uma das canetas mais cobi�adas da Esplanada, com alto poder de fogo e capilaridade.

Em 2015, o minist�rio continuar� a ser o terceiro maior or�amento ministerial para despesas discricion�rias (de investimento e custeio n�o fixo), em torno de R$ 26,3 bilh�es. � nessa pasta que se concentra fatia significativa das emendas parlamentares ao Or�amento.

Como ministro da Educa��o, Cid Gomes vai administrar o a maior fatia da Esplanada, com estimados R$ 46,7 bilh�es em despesas n�o fixas. Al�m disso, comandar� uma das pastas com maior poder para catapultar pol�ticos para cargos eletivos.

Trocas. Faz parte ainda da t�tica de Dilma acabar com feudos partid�rios de pequenas legendas, como PC do B e PRB. Dos primeiros, aliados do PT desde a primeira campanha de Lula, em 1989, a presidente tirou o Minist�rio do Esporte. O PC do B vinha usando a pasta para criar programas voltados � juventude, o que facilitava o recrutamento de novos militantes, trabalho antes restrito �s entidades estudantis. Agora, vai assumir Ci�ncia e Tecnologia.

J� o PRB havia usado a estrutura da Pesca para conquistar votos em redutos dependentes de benef�cios dessa atividade, como a concess�o de carteiras de pescador.

Dilma passou o Esporte ao PRB e a Pesca para o filho do senador Jader Barbalho e ex-prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho (PMDB), derrotado ao governo do Par�, mas que a auxiliou a ter votos no Estado.

Ciente de que Dilma joga para dividir a base aliada, a c�pula peemedebista orienta deputados e senadores para que se aglutinem em torno de algumas lideran�as do partido, como o vice-presidente Michel Temer e o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL).

Vice-l�der do PMDB, o deputado L�cio Vieira Lima (BA) afirma que o �nico minist�rio de ponta entregue ao partido, o de Minas e Energia, dar� uma visibilidade �s avessas para a legenda. "O grande feito de nosso melhor minist�rio ser� o an�ncio do reajuste de tarifas. Os bons foram entregues ao PSD, ao PROS, ao PR (Transportes) e ao PP (Integra��o Nacional)." As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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