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Estado de Minas

Confira retrospectiva do "turbilh�o" na pol�tica brasileira em 2014

Brasil viveu um de seus per�odos pol�ticos mais intensos este ano, marcado por s�rie de reviravoltas na acirrada campanha eleitoral e esc�ndalo de corrup��o na Petrobras


postado em 29/12/2014 06:00 / atualizado em 29/12/2014 07:38

Antes de come�ar, 2014 j� se anunciava como um ano de fortes emo��es por reunir dois eventos marcantes: a Copa do Mundo no Brasil e as elei��es presidenciais. Mas, apesar do pren�ncio, nem as mais ousadas previs�es dariam conta de antever o que este 2014 de acontecimentos superlativos reservava � pol�tica nacional. De janeiro a dezembro, brasileiros testemunharam desde o desenrolar do esc�ndalo da Petrobras, maior esquema de corrup��o investigado no pa�s, at� a elei��o presidencial mais acirrada da hist�ria, que contou com a morte do candidato Eduardo Campos (PSB) e culminou com a reelei��o da presidente Dilma Rousseff (PT). N�o por acaso, cientistas pol�ticos consideram que as repercuss�es n�o se encerrar�o com o ano novo.


Nesse entremeio, ainda houve fatos inusitados, como a aposentadoria do senador Jos� Sarney (PMDB-AP), de 84 anos. Primeiro presidente da Rep�blica na redemocratiza��o, Sarney, alvo de diversas den�ncias de corrup��o, p�s fim a 60 anos na pol�tica. Quem tamb�m se despediu da vida p�blica foi o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, de 59, relator do processo do mensal�o. Em julho, o ministro, protagonista de brigas e discuss�es no STF, deixou a Corte, 11 anos antes da aposentadoria compuls�ria. H� 11 anos no Supremo, ele disse no discurso da despedida estar de “alma leve”.


As elei��es rendem cap�tulo � parte. Um ano depois de os brasileiros irem �s ruas nas manifesta��es de 2013, candidatos assumiram o discurso da mudan�a, mas o processo eleitoral acabou, na pr�tica, acentuando a hist�rica polariza��o entre o PT de Dilma e o PSDB do candidato derrotado, o senador A�cio Neves. “Isso gerou um debate pol�tico mais acalorado e, com todos os componentes, gerou prolongamento do debate eleitoral at� depois do pleito”, afirma o professor do Departamento de Ci�ncias Pol�ticas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Manoel Leonardo Santos.

Ao longo da campanha, eleitores ficaram chocados com a morte do candidato Eduardo Campos (PSB), ex-governador de Pernambuco, v�tima de acidente a�reo em Santos, no litoral paulista. Apresentado como uma “terceira via”, em oposi��o ao PT e ao PSDB, ele foi substitu�do pela vice, a ex-senadora Marina Silva. Em dois meses, Marina teve chances reais de se tornar presidente e, ao mesmo tempo, sofreu queda avassaladora nas pesquisas de inten��o de voto e acabou fora do segundo turno. “Mas, pela primeira vez, houve uma terceira for�a com maior chance de vit�ria”, afirma a cientista pol�tica Maria do Socorro Braga, professora da Universidade Federal de S�o Carlos.

PROTESTOS A vit�ria apertada de Dilma sobre A�cio, com a diferen�a de apenas 3 milh�es de votos, fez emergir tamb�m um movimento de direita conservador. Manifestantes foram �s ruas pedir o impeachment da presidente e at� o retorno da ditadura militar. “Esse ressurgimento de alas mais conservadoras chamou a aten��o. Isso precisa ser tratado. � preciso discutir temas que envolvem escolhas �ticas mais complexas, como a legaliza��o do aborto, a pena de morte, o casamento entre pessoas do mesmo sexo”, refor�a Manoel Leonardo.

Deflagrada em mar�o, a Opera��o Lava-Jato da Pol�cia Federal tamb�m marcou o ano e desvendou esquema de lavagem de dinheiro e propina na Petrobras, a maior estatal brasileira, que movimentou cerca de R$ 10 bilh�es, segundo a PF. At� agora, j� s�o 39 denunciados pelo Minist�rio P�blico (MP), entre eles pol�ticos, empres�rios e executivos de empreiteiras. “Esse esc�ndalo leva a classe pol�tica a repensar aspectos de financiamento pol�tico-partid�rio”, afirma Maria do Socorro. “Pela primeira vez, estamos vendo tamb�m a classe alta sendo responsabilizada. Isso tem que ser valorizado. S� assim partidos poder�o fazer reflex�o para a democracia brasileira ter suas institui��es aperfei�oadas”, diz.

2014
Principais momentos pol�ticos deste ano envolveram os brasileiros em momentos de surpresa, tristeza, como��o e revolta. Para especialistas, ecos de alguns eventos n�o acabar�o com a chegada do ano novo.

Janeiro

Alian�a entre o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) e a ex-senadora Marina Silva, da Rede Sustentabilidade, partido ainda informal, come�a a ganhar forma.

Mar�o

PF deflagra a Opera��o Lava-Jato e desmonta esquema corrup��o na Petrobras. Entre os presos, o ex-diretor de Refino e Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa.

Abril

A presidente Dilma Rousseff sanciona o projeto que estabelece o Marco Civil da Internet. O texto pretende manter o car�ter aberto da rede. Regulamenta��o ser� discutida com sociedade.

Junho

Aos 84 anos, 60 deles na pol�tica, o senador Jos� Sarney (PMDB-AP) anuncia que n�o ser� candidato e que vai se aposentar.

Julho
O ent�o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, deixa a Corte, aos 59 anos.

Agosto
O candidato � Presid�ncia da Rep�blica pelo PSB, Eduardo Campos, de 49 anos, morre em acidente a�reo em Santos. Vel�rio re�ne dezenas de pol�ticos.

Setembro
Favorecida pela como��o gerada pela morte de Eduardo Campos, Marina Silva, que assumiu a candidatura � Presid�ncia da Rep�blica pelo PSB, tem crescimento mete�rico nas pesquisas de inten��o de voto.

Outubro

Nas elei��es presidenciais mais disputadas da hist�ria, o senador A�cio Neves (PSDB), em terceiro lugar nas pesquisas na maior parte da campanha, desbanca Marina Silva (PSB) e vai para o segundo turno com a presidente Dilma Rousseff (PT).

Dilma Rousseff � reeleita com 54 milh�es de votos

A�cio Neves termina em segundo, com 51 milh�es de votos

Novembro

Em nova fase da Opera��o Lava-Jato, a PF prende mais de 20 pessoas, a maioria executivos de empreiteiras que t�m contratos com a Petrobras.

Grupos de manifestantes v�o �s ruas pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Protestos contam com a participa��o de defensores do retorno da ditadura militar.

Dezembro
A ex-gerente da Petrobras Venina Fonseca afirma ter alertado por e-mail e em conversas pessoais, em 2009, a atual presidente da Petrobras, Gra�a Foster, de irregularidades em contratos com empreiteiras.

Comiss�o Nacional da Verdade (CNV) entrega relat�rio final a Dilma com informa��es sobre torturas durante a ditadura militar e responsabiliza
377 pessoas.


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