
Bras�lia - Na expectativa de ver o atual ministro da Secretaria de Rela��es Institucionais, Ricardo Berzoini, ser anunciado nesta segunda-feira como novo titular das Comunica��es, o PT espera compensar a perda de espa�o na equipe do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff emplacando propostas que fazem parte da agenda do partido. A escolha de Berzoini, defensor p�blico da regula��o da m�dia, � um desses casos - o ex-titular da pasta, Paulo Bernardo, n�o se engajou pela proposta como o partido esperava.
Por se tratar de medida pol�mica, Berzoini pretende promover um debate amplo antes de elaborar uma proposta oficial. A ideia � discutir o assunto com representantes da sociedade civil e ganhar tempo at� que o clima seja prop�cio para enviar o projeto ao Congresso - o que deve ocorrer s� depois do primeiro ano do novo mandato.
O modelo defendido por Berzoini assemelha-se ao adotado em Portugal e na Inglaterra. Haveria, por exemplo, um comit� para analisar pedidos de pessoa ou empresa que se sentissem ofendidas por uma reportagem. Seria poss�vel obter direito de resposta ou multar o ve�culo, como ocorre no exterior. Hoje, � poss�vel recorrer � Justi�a para casos assim - as novas regras visariam dar agilidade ao processo.
At� ter�a-feira, estava sacramentado que Berzoini permaneceria em seu atual cargo ao longo da segunda gest�o de Dilma. Mas, naquela noite, a presidente o chamou para conversar: estava "seriamente pensando na possibilidade de nome�-lo chefe das Comunica��es".
O ministro j� havia demonstrado � presidente o desejo de comandar um minist�rio de gest�o, em que pudesse desenvolver trabalhos com come�o, meio e fim, distante do que vem fazendo na SRI. Respondeu que estaria dispon�vel para qualquer que fosse a escolha dela.
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Ao que tudo indica, ao contr�rio do que se cogitava, a pasta das Comunica��es - que hoje controla ou exerce poder sobre Correios e Anatel - n�o vai incorporar a gest�o de verbas publicit�rias.
A compet�ncia de administrar R$ 800 milh�es de propaganda do governo, mais R$ 1,5 bilh�o de publicidade das estatais, continuar� a cargo da Secretaria de Comunica��o da Presid�ncia. Dilma n�o escolheu quem substituir� o ministro Thomas Traumann, que pediu para deixar a pasta por motivos pessoais.