Occhi assume e nega preocupa��o com impacto de caso Petrobras

Bras�lia, 02 - Indicado pelo PP, partido que foi "rebaixado" na reforma do primeiro escal�o feita pela presidente Dilma Rousseff e que est� no centro do esc�ndalo de corrup��o na Petrobras, o ministro Gilberto Occhi assumiu na manh� desta sexta-feira, 02, suas fun��es no minist�rio da Integra��o Nacional e afirmou que "n�o h� preocupa��o" com os impactos das den�ncias sobre o partido. Em cerim�nia na sede da pasta, em Bras�lia, Occhi recebeu o cargo de Francisco Teixeira, ligado ao PROS dos ex-governadores do Cear� Cid e Ciro Gomes.

"Temos que separar a quest�o da Petrobras com os partidos e com as indica��es. O nome que ela (a presidente Dilma) indicou � de confian�a e n�o apenas uma indica��o do partido", afirmou. "Essas den�ncias hoje e a dela��o est�o sob segredo de Justi�a e n�o h� sob hip�tese alguma a defini��o de envolvidos ou n�o, e de como � esse envolvimento. Eu n�o tenho essa preocupa��o e o PP n�o tem essa preocupa��o", concluiu.

Dez pol�ticos do PP, inclusive o presidente da sigla, senador Ciro Nogueira (PI), est�o na lista do delator e ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, revelada pelo

Estado

em dezembro.

Em seu primeiro pronunciamento como ministro da Integra��o, Occhi destacou a principal a��o da pasta: as a��es de irriga��o. Disse que a transposi��o do Rio S�o Francisco, obra que j� sofreu sucessivos adiamentos, deve ser conclu�da no in�cio de 2016. De acordo com ele, o cronograma da transposi��o est� hoje em 70% e os investimentos necess�rios n�o devem ser afetados pelo ajuste fiscal preparado pela nova equipe econ�mica.

"Temos que separar a nomenclatura de um ano dif�cil com redu��o de investimentos. Isso n�o ocorrer�. A presidente falou isso e a equipe econ�mica tamb�m. Outras medidas ser�o adotadas, mas n�o a redu��o de investimentos", disse.

Loteamento

O PP, dono de uma bancada de 36 deputados federais eleitos e de cinco senadores, controlava desde 2005 o cobi�ado Minist�rio da Cidades, que tem um or�amento bilion�rio e � respons�vel por programas com grande capilaridade como o Minha Casa Minha Vida.

Embora o PP tenha pressionado para permanecer no posto, a presidente Dilma acomodou nas Cidades o ex-prefeito de S�o Paulo Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD. O PP aceitou o "rebaixamento", mas pressiona agora para indicar as diretorias de �rg�os vinculados � Integra��o Nacional e que est�o sob o controle de outras siglas. Entre eles, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do S�o Francisco e do Parna�ba (Codevasf), o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs) e a Superintend�ncia do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

A Integra��o Nacional estava sob o comando do PSB at� 2013. Quando o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto no ano passado, rompeu com o Pal�cio do Planalto para lan�ar-se candidato a presidente da Rep�blica, a pasta passou para a influ�ncia do PROS.

A transmiss�o de cargo realizada nesta manh� foi acompanhada pela c�pula do PP. Participaram Ciro Nogueira (PI), o l�der na C�mara Eduardo da Fonte (PE) e o senador Benedito de Lira (AL). Tamb�m compareceu o novo governador do Cear�, Camilo Santana (PT). O petista convidou o ex-titular da Integra��o Nacional, Francisco Teixeira, para assumir a secretaria estadual de Recursos H�dricos.