Bras�lia, 02 - O novo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, assumiu o discurso em defesa da Petrobras adotado pela presidente Dilma Rousseff. Durante cerim�nia de transmiss�o do cargo, Braga disse que as den�ncias de corrup��o na empresa s�o fatores que perturbam o mercado, mas afirmou que n�o se deve "demonizar" a companhia e pediu o apoio da popula��o � estatal.
"As den�ncias envolvendo a Petrobras s�o, constituem fatores de perturba��o do mercado", afirmou. "A Petrobras precisa do nosso apoio, do apoio de todos os brasileiros, para que possa prosseguir na sua tarefa de transformar o Brasil, em um futuro pr�ximo, em um grande produtor mundial de petr�leo."
Braga disse que as den�ncias que forem comprovadas pelos �rg�os de controle ser�o consideradas para a "necess�ria puni��o dos culpados". Na avalia��o dele, a companhia est� dando respostas adequadas aos questionamentos.
"N�o devemos e nem podemos demonizar a empresa", afirmou o ministro."N�o podemos confundir isso com a Petrobras. Acho que a Petrobras � maior que tudo isso", acrescentou.
O ministro disse ainda que � preciso aprimorar os procedimentos de governan�a da Petrobras e melhorar sua gest�o. "A Petrobras tem um desafio grandioso para que o Brasil possa se tornar um dos maiores exportadores de petr�leo e um papel grandioso para ajudar no desenvolvimento econ�mico e social do Pa�s."
Questionado, o ministro n�o respondeu perguntas sobre quem seriam os "predadores internos e inimigos externos" da Petrobras. A express�o foi usada ontem pela presidente Dilma Rousseff durante seu discurso de posse do segundo mandato.
"N�o poderia eu nominar os inimigos internos ou externos. O que n�s podemos dizer � que h� uma conjuntura internacional em que h� uma estrategia para desvaloriza��o barril do petr�leo. Sabemos que isso n�o � uma pol�tica que poder� ser sustentada indefinidamente", disse.
A despeito da queda na cota��o do barril do petr�leo, atualmente abaixo do patamar de US$ 60, Braga defendeu a manuten��o dos investimentos no pr�-sal. "Isso tem impactos futuros para o Brasil, na educa��o, sa�de, economia e competitividade dos nossos produtos."
O ministro disse que ainda n�o est� definida a nova composi��o dos membros do Conselho de Administra��o da Petrobras. O assunto deve ser tratado nas pr�ximas semanas com a presidente Dilma Rousseff.
De sa�da do cargo, o ex-ministro Edison Lob�o tamb�m defendeu a companhia em sua despedida e demonstrou apoio � presidente da Petrobras, Maria das Gra�as Foster. "Devo citar a import�ncia da Petrobras para o Brasil, sem a qual o pa�s seria menor do que hoje �. Dirigindo-me a todos menciono o nome da Dra. Gra�a Foster, que prezo e admiro."