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Estado de Minas

Para garantir fidelidade dos parlamentares, Dilma vai desembolsar R$ 1,1 bi por voto nos pr�ximos 4 anos

Para agradar a base aliada no Congresso, presidente distribuiu R$ 393,36 bilh�es em or�amentos dos minist�rios entre os partidos - que comandam 355 parlamentares


postado em 04/01/2015 06:00 / atualizado em 04/01/2015 07:45


Bras�lia – Ao montar o minist�rio para o segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff deixou o crit�rio t�cnico em segundo plano e escolheu uma Esplanada � fei��o da base aliada. Das 39 pastas, apenas 12 entraram na cota pessoal da presidente. As outras 27 foram distribu�das, com or�amentos totais de R$ 393,36 bilh�es, entre os 355 parlamentares que apoiaram a presidente. Na ponta do l�pis, significa que a pr�xima gest�o ter� que desembolsar, para garantir a fidelidade de cada um dos parlamentares, R$ 1,1 bilh�o por voto ao longo dos pr�ximos quatro anos.

Proporcionalmente, os apoios mais caros s�o os do PROS, com seus 11 deputados. Isso porque a legenda assumiu o Minist�rio da Educa��o (MEC) com Cid Gomes, ex-governador do Cear�. O or�amento total do MEC � de R$ 101 bilh�es, o que significa R$ 9,2 bilh�es pelo voto de cada um dos parlamentares do PROS. A legenda, contudo, n�o sabe se comemora ou se fica desconfiada. Cid, que foi um dos idealizadores do novo partido h� pouco mais de um ano, tenta hoje se desvencilhar da legenda. “Eu fui escolhido na cota pessoal da presidente, n�o por conta do PROS”, disse o ex-governador do Cear�.

Por ter o maior n�mero de pastas (13), o PT, naturalmente, administra o maior or�amento da Esplanada dos Minist�rios, com R$ 297,4 bilh�es de recursos. Isso significa que cada voto petista no Congresso custar� R$ 3,62 bilh�es. Correligion�rios da presidente Dilma, sobretudo aqueles inclu�dos na principal tend�ncia do partido, a Construindo um Novo Brasil (CNB), que se sente alijada do n�cleo de poder palaciano.

Um cacique petista rebate o choro da CNB. “Qual � uma das principais lideran�as deles? O prefeito de S�o Paulo, Luiz Marinho, padrinho do ministro da Sa�de, Arthur Chioro. Pergunte a ele se est� irritado com a falta de dinheiro para administrar?”, questionou o petista, lembrando que o or�amento da pasta para 2015 � de R$ 109 bilh�es. “A presidente Dilma montou um minist�rio para atender os aliados. E lembrar a todos, em cada vota��o, que s�o da base de apoio ao governo”, disse o deputado Paulo Teixeira (PT-SP).

A substitui��o do PCdoB do Minist�rio do Esporte pegou muitas pessoas de surpresa, inclusive no governo. Aldo Rebelo deixou a pasta e foi transferido para o Minist�rio da Ci�ncia e Tecnologia. Mesmo com a Olimp�ada do Rio 2016 �s v�speras de ser realizada, a troca n�o foi ruim para os comunistas. Al�m de ter novos cargos para serem preenchidos, a vantagem or�ament�ria � gritante. O novo minist�rio tem um or�amento previsto para 2015 de R$ 9,73 bilh�es. Como o PCdoB tem 10 deputados e um senador, s�o 884 milh�es por voto no Congresso.

Anticrise O presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, n�o quis entrar no m�rito da troca de pastas, mas tangenciou o tema ao reconhecer que a presidente Dilma foi obrigada a compor um governo para evitar crises pol�ticas. “A composi��o do Congresso n�o reflete a maioria que a presidente obteve nas urnas em outubro. Ela tem de formatar alian�as para enfrentar um ano dif�cil de crise econ�mica e desdobramentos da Opera��o Lava-Jato”, disse ele, durante cerim�nia de posse da presidente no Pal�cio do Planalto.

Na outra ponta do debate, o bastante criticado ministro do Esporte, George Hilton – ele foi vaiado ao assinar a nomea��o na quinta e escondeu-se da imprensa no ato de transmiss�o de posse na sexta – � aquele que, proporcionalmente, menos custa ao Planalto. O or�amento do minist�rio para 2015 � de R$ 2,58 bilh�es. No caso do PRB, que tem 21 deputados (George Hilton, inclusive, era o l�der da bancada at� ser convidado para ser ministro) e um senador, s�o R$ 177,4 milh�es por apoio no Congresso.

O PP, uma das legendas envolvidas na Opera��o Lava-Jato, tem do que reclamar na redistribui��o promovida pela presidente Dilma Rousseff para o segundo mandato. O partido foi transferido do Minist�rio das Cidades (com or�amento total R$ 27,88 bilh�es) para a Integra��o Nacional, que administra um montante de R$ 5,95 bilh�es. A bancada congressual pepista custar� R$ 145,1 milh�es, uma das mais baratas. J� o PSD do novo ministro Gilberto Kassab – que j� controlava o Minist�rio Micro e Pequena Empresa com Afif Domingos – ter� R$ 680 milh�es.

T�o criticado pelos petistas, a fidelidade do PMDB nem � t�o onerosa quanto parece. Pelo pacote de seis minist�rios concedidos pela presidente, eles administrar�o um or�amento de R$ 21,71 bilh�es. Como os peemedebistas s�o numerosos – 84 entre deputados e senadores – eles representam um custo de R$ 258,5 milh�es por voto de apoio � presidente.

 


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