A pressa da presidente Dilma Rousseff em desmentir a mudan�a no c�lculo do rendimento b�sico do trabalhador faz todo sentido se se considerar que a altera��o nos benef�cios previdenci�rios, por meio de medidas provis�rias (MPs) enviadas ao Congresso Nacional na semana passada, promete ser o primeiro grande teste para o governo no Legislativo para aprova��o de mat�rias de seu interesse. Buscando ampliar sua base de apoio, 39 minist�rios foram loteados entre os partidos. Para o governo, as mudan�as v�o gerar uma economia anual de R$ 18 bilh�es aos cofres p�blicos. Elas passar�o a valer assim que forem publicadas no Di�rio Oficial da Uni�o, mas as MPs precisam ser aprovadas em 120 dias pelo Congresso para que a efic�cia seja mantida. Esse prazo come�a a contar a partir do fim do recesso legislativo, em 2 de fevereiro.
Se o term�metro forem mesmo as MPs da minireforma previdenci�ria, a oposi��o promete dificultar ao m�ximo a vota��o e acusa Dilma de “mentir” durante a campanha eleitoral para, depois, adotar medidas impopulares. “Essas medidas v�o enfrentar muita resist�ncia. Esse pacote de maldades tira do bolso dos trabalhadores e dos pensionistas e aposentados. Com todo o desastre na economia nos �ltimos quatro anos, estagna��o e infla��o alta, agora est�o empurrando a conta de R$ 18 bilh�es para o trabalhador”, criticou o l�der do DEM, Mendon�a Filho (PE). Segundo o parlamentar, Dilma pratica “estelionato eleitoral” com a redu��o dos benef�cios
Para o l�der do PDT na C�mara, F�lix Mendon�a J�nior (BA), as MPs ter�o “total dificuldade” de aprova��o no Congresso Nacional. O partido integra a base governista e comanda o Minist�rio do Trabalho. “O PDT n�o concorda com nada que venha a tirar direitos adquiridos dos trabalhadores. Isso � um projeto da equipe econ�mico, n�o � da base aliada. Com essa equipe que est� atuando, aumentando juros, a gente j� fica apreensivo com o que vem. � uma equipe ortodoxa que acha que a melhor maneira de controlar infla��o � aumentando juros em vez de aumentar produ��o”, afirmou.