Bras�lia - Ao tentar colocar as finan�as do Distrito Federal em ordem, o novo governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, ter� como objetivo pol�tico paralelo se consolidar como uma lideran�a pol�tica no seu partido, o PSB, sob a vitrine do ajuste fiscal. A ideia � reorganizar as finan�as e tirar as principais promessas do papel para mostrar que a sigla tem capacidade de gest�o.
A expectativa de Rollemberg � transformar sua gest�o num exemplo de governan�a e preencher o v�cuo de lideran�a nacional do partido ap�s a morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos.
O ex-presidente nacional da sigla morreu em agosto do ano passado em um acidente a�reo na cidade de Santos, no litoral paulista, durante sua campanha � Presid�ncia da Rep�blica. Campos costumava usar como vitrine na campanha os resultados obtidos nos oito anos como governador de Pernambuco.
‘Provid�ncias en�rgicas’
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, admite que o ajuste fiscal n�o ser� uma tarefa f�cil para Rollemberg. "O Distrito Federal vai precisar de provid�ncias bastante eficientes e en�rgicas para se transformar numa vitrine."
Desde que assumiu o cargo na semana passada, Rollemberg tem anunciado uma s�rie de medidas para tentar contornar o descontrole nas contas p�blicas. O novo governador culpa o antecessor, Agnelo Queiroz (PT), pelo rombo nos cofres p�blicos que pode chegar a R$ 3,5 bilh�es.
No in�cio desta semana a equipe econ�mica do novo governo convocou uma entrevista coletiva para anunciar que n�o teria condi��es de pagar os sal�rios dos servidores, mas Rollemberg afirmou anteontem que tentar� solucionar o problema at� o fim da pr�xima semana. O governo tenta negociar com a Uni�o a antecipa��o de parte do Fundo Constitucional, mas ainda n�o recebeu uma resposta sobre o pedido.
Cortes
Entre as medidas colocadas em pr�tica para reverter essa situa��o est� a diminui��o do n�mero de secretarias - de 38 para 23 pastas - e a suspens�o por quatro meses da compra de passagens a�reas, pagamento de di�rias de viagem, participa��o em cursos, entre outros. Rollemberg tamb�m publicou um decreto exonerando todos os servidores que ocupavam cargos comissionados e colocou como meta cortar 20% dos gastos de custeio, como as despesas com combust�vel e telefonia.
Ciente da responsabilidade que tem pela frente, ele tem dito que "austeridade" ser� a palavra de ordem do seu governo. Para comandar essa pol�tica de arrocho, ele escalou como secret�rio da Fazenda Leonardo Colombini, que desde 2010 desempenhava a mesma fun��o em Minas Gerais.