A Petrobras confirmou o envolvimento de dois de seus ex-diretores em irregularidades nos processos de contrata��o de obras referentes ao Complexo Petroqu�mico do Rio de Janeiro (Comperj).
O comunicado � uma resposta da estatal � questionamentos feitos pela pr�pria CVM em rela��o ao envolvimento de executivos da Petrobras no esquema de corrup��o revelado pela Opera��o Lava Jato, da Pol�cia Federal.
"Cabe esclarecer que em rela��o aos dirigentes da Companhia, o relat�rio da Comiss�o aponta especificamente responsabilidades dos ex-diretores de Abastecimento e de Servi�os", informou o comunicado.
As diretorias eram ocupadas, � �poca da defini��o dos contratos do Comperj, por Paulo Roberto Costa e Renato Duque, ambos investigados pela Opera��o Lava Jato. O jornal O Estado de S. Paulo j� havia noticiado, no dia 17 de novembro, que diretores executivos da companhia tinham sido responsabilizados pelas irregularidades no Comperj e tamb�m na aquisi��o da refinaria de Pasadena, no Texas.
Segundo a Petrobras, foi instaurada uma Comiss�o Interna de Apura��o (CIA) no dia 25/04/2014 para "avaliar os procedimentos de contrata��o para implanta��o do Complexo Petroqu�mico do Rio de Janeiro (Comperj)". Os resultados da auditoria foram encaminhados, em novembro, para a Policia Federal do Paran�, Minist�rio P�blico Federal do Paran�, Controladoria Geral da Uni�o (CGU), al�m da pr�pria Comiss�o de Valores Mobili�rios (CVM), informa o comunicado.
Paulo Roberto Costa foi preso em mar�o na primeira etapa da Opera��o Lava Jato. Em outubro, ap�s acordo de dela��o premiada com o Minist�rio P�blico Federal (MPF), o ex-diretor de abastecimento recebeu o benef�cio de pris�o domiciliar. Costa denunciou a exist�ncia de um suposto cartel de empresas construtoras nos contratos da Petrobras, al�m de repasses de propinas a ex-diretores e pol�ticos.
Costa tamb�m apontou que seu colega na diretoria da Petrobras Renato Duque, ex-diretor de Servi�os da estatal, participava de esquemas de cobran�a de propina �s empreiteiras. Duque foi preso pela Pol�cia Federal do Paran� na s�tima etapa da Opera��o Lava Jato, em novembro, mas foi solto ap�s obter um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal, em dezembro. A defesa do ex-diretor nega as acusa��es.