
O l�der do PMDB e candidato a presidente da C�mara, Eduardo Cunha (RJ), classificou nesta ter�a-feira a suspeita segundo a qual ele teria recebido dinheiro do doleiro Alberto Youssef como uma "alopragem".
A declara��o ocorre um dia depois de o advogado de Youssef, Antonio Figueiredo Basto, convocar uma coletiva de imprensa a fim de dizer que seu cliente, um dos principais personagens da Opera��o Lava Jato, n�o manteve qualquer "neg�cio" com o peemedebista.
"� uma alopragem que foi desmoralizada. S�o den�ncias vazias para desmoralizar minha candidatura", disse Cunha. "Eu s� encontro (entre os deputados) solidariedade e revolta. Ganhei muitos votos com essa den�ncia vazia", afirmou o candidato, referindo-se � elei��o da Mesa da C�mara, marcada para o dia 1º de fevereiro.
Apesar das declara��es do advogado e de Cunha, Youssef citou, em depoimento da dela��o premiada, o peemedebista como um dos benefici�rios do esquema de propinas da Petrobras. Cunha tamb�m teve seu nome citado no depoimento do policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o Careca.
Num primeiro momento, o policial, que � acusado de atuar no esquema como o "carregador de malas" do doleiro, afirmou ter entregue dinheiro em uma casa no Rio de Janeiro que seria do deputado peemedebista. Depois, Careca retificou seu depoimento, mudando o endere�o da entrega e afirmando n�o ter como garantir que o dinheiro era mesmo para Cunha. Reportagem do jornal O Globo publicada nesta segunda, 12, revela que o endere�o em quest�o � do advogado Francisco Jos� Reis, que j� foi assessor do deputado estadual fluminense Jorge Picciani, atual presidente do PMDB do Rio.
Picciani, que � aliado de Cunha, nega qualquer envolvimento com o doleiro.