A presidente da Petrobras, Gra�a Foster, rebateu nesta quarta-feira, 14, a defesa do ex-diretor da estatal, Nestor Cerver�, que afirmou nesta manh� que a executiva tamb�m deveria ser presa por movimenta��es ilegais de patrim�nio. Em nota encaminhada pela assessoria de imprensa da estatal, a Petrobras informou que "refuta veementemente" as alega��es de que as transa��es patrimoniais de Gra�a Foster tenham sido "indevidas".
"A Petrobras reafirma que j� prestou, em 21/08/2014, todas as informa��es ao Tribunal de Contas da Uni�o sobre as movimenta��es patrimoniais da Presidente Gra�a Foster e que elas foram realizadas em obedi�ncia � Legisla��o", informou a estatal, em nota.
A estatal tamb�m informou que a pris�o preventiva de Nestor Cerver� foi feita "em raz�o da sua pr�tica continuada de oculta��o e dissimula��o de bens e direitos (valores e im�veis para familiares), visando frustrar a aplica��o da lei penal na a��o judicial em que � r�u, relacionada aos crimes de corrup��o passiva e lavagem de dinheiro".
Cerver� foi preso na madrugada desta quarta-feira ao desembarcar no aeroporto do Gale�o, no Rio. Seu advogado classificou a pris�o de "arbitr�ria e ilegal". A pris�o foi requerida pelo Minist�rio P�blico Federal ap�s ter identificado "fortes ind�cios" de que o ex-diretor tenha feito transa��es financeiras irregulares para familiares, al�m de movimenta��o patrimonial "em valores nitidamente subfaturados".
Em junho, o ex-diretor teria doado a parentes tr�s im�veis em Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro. As transfer�ncias ocorreram no curso das investiga��es do TCU sobre os preju�zos causados com a compra da refinaria de Pasadena. Pouco mais de um m�s ap�s a movimenta��o, o Tribunal decretou o bloqueio de bens do ex-diretor.
"Se � crime para Nestor, � para Gra�a. Se o Minist�rio P�blico Federal pediu pris�o para o Nestor por esse fato, deveria pedir para a Gra�a. Se n�o o fez, ent�o est� prevaricando", afirmou Edson Ribeiro, advogado de defesa do ex-diretor.
Gra�a Foster tamb�m realizou doa��es de im�veis a familiares, em mar�o, um dia ap�s o jornal O Estado de S. Paulo publicar o posicionamento da presidente Dilma Rousseff sobre a compra da refinaria de Pasadena, no Texas. No posicionamento, a presidente confirmava ter dado aval � compra da refinaria, que causou preju�zo de cerca de US$ 1 bilh�o � estatal, segundo o TCU. Dilma justificou o voto argumentando que se baseou em relat�rio "falho e incompleto", elaborado por Cerver�.