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Estado de Minas

Acidente que matou Campos foi sucess�o de falhas humanas, conclui Aeron�utica

A queda do avi�o ocorreu na manh� de 13 de agosto de 2014, quando o Cessna 560 XL saiu do aeroporto Santos Dumont, no Rio, rumo � Base A�rea de Santos, no Guaruj�, em S�o Paulo


postado em 16/01/2015 08:19 / atualizado em 16/01/2015 08:39

No relatório da Aeronáutica, não foi encontrado indício de falha técnica no avião onde estava Eduardo Campos(foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A Press)
No relat�rio da Aeron�utica, n�o foi encontrado ind�cio de falha t�cnica no avi�o onde estava Eduardo Campos (foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A Press)

Bras�lia- As investiga��es da Aeron�utica, que come�am a ser divulgadas no in�cio de fevereiro, conclu�ram que o acidente que matou o presidenci�vel do PSB e ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, no meio da campanha eleitoral do ano passado, foi causado por uma sequ�ncia de falhas do piloto Marcos Martins - desde a falta de treinamento para aquela aeronave at� o uso de "atalho" para acelerar o procedimento de descida.

Como resultado decisivo, Martins foi obrigado a abortar o pouso e arremeter bruscamente, operando os aparelhos em desacordo com as recomenda��es do fabricante do avi�o e acabando por sofrer o que � tecnicamente descrito como "desorienta��o espacial". � quando o piloto perde a refer�ncia do avi�o em rela��o ao solo, n�o sabe se est� voando para cima, para baixo, em posi��o normal, de lado ou de ponta cabe�a.

Essa conclus�o sobre a "desorienta��o espacial" baseou-se em informa��es sobre os �ltimos segundos do voo, no momento em que o avi�o embicou num �ngulo de 70 graus e em pot�ncia m�xima, como se o piloto acelerasse pensando que estava em movimento de subida, quando na verdade estava voando para baixo, rumo ao solo.

O acidente ocorreu na manh� de 13 de agosto de 2014, quando o Cessna 560 XL saiu do aeroporto Santos Dumont, no Rio, rumo � Base A�rea de Santos, no Guaruj�, em S�o Paulo. Por volta de 10 horas, a aeronave caiu em Santos, no bairro Boqueir�o. Al�m de Eduardo Campos, que estava em terceiro lugar na corrida presidencial, morreram quatro assessores dele, o piloto e o copiloto Geraldo Magela Barbosa.

Treinamento

Nesses cinco meses de investiga��es, o Centro de Investiga��o e Preven��o de Acidentes Aeron�uticos, �rg�o da Aeron�utica (Cenipa) levantou ainda todo o perfil psicol�gico, pessoal e profissional dos dois pilotos e listou uma sequ�ncia de falhas de Marcos Martins, antes e durante o voo.

N�o foi encontrado nenhum ind�cio de falha t�cnica ou de opera��o do sistema aeron�utico. As duas turbinas foram detalhadamente analisadas e estavam em perfeita condi��o de uso, mas a caixa preta de voz n�o foi �til para as conclus�es. Ela simplesmente n�o estava ligada, n�o gravou as conversas durante o voo.

Conforme apurado pelos investigadores, Martins n�o estava treinado para o Cessna 560 XL, uma aeronave sofisticada e nova, conclu�da em 2010. Ele, por exemplo, nunca tinha passado pelo simulador. Est� registrado, tamb�m, que a rela��o entre os dois pilotos n�o era boa. Eles j� tinham um hist�rico de atritos e o copiloto teria, inclusive, pedido para n�o mais voar com Martins, que, em redes sociais, se disse "cansada�o" dias antes do acidente. Aquele seria, possivelmente, o �ltimo voo conjunto da dupla.

Chuva e pista

Essas falhas pr�vias de preparo t�cnico e psicol�gico na cabine de comando foram agravadas por duas circunst�ncias objetivas - ou "fatores contribuintes", no jarg�o dos investigadores. O tempo estava fechado, com muita chuva, e a pista da Base de Santos, curta e entre picos, � considerada dif�cil mesmo para pilotos experientes e em boas condi��es de tempo.

Apesar de todos esses agravantes, e talvez por excesso de autoconfian�a, Martins cometeu, segundo os investigadores da Aeron�utica, o erro que deflagrou todo o desfecho tr�gico: ele desdenhou a rota determinada pelos manuais para o pouso na Base de Santos, n�o fez a manobra exigida para aquela pista e tentou pousar direto, de primeira.

Mal comparando com um carro, � como se o piloto n�o tivesse feito o retorno previsto, tentando um "atalho" para entrar direto num estacionamento. Depois da imprevid�ncia e de embicar para o pouso, ele concluiu que n�o conseguiria e foi obrigado a arremeter bruscamente. A manobra � considerada a prova da desorienta��o do piloto.


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