Paulo C�mara n�o comenta relat�rio da Aeron�utica sobre morte de Campos

Bras�lia - O governador de Pernambuco e vice-presidente do PSB, Paulo C�mara, preferiu n�o se pronunciar sobre a informa��o de que o acidente que vitimou o presidenci�vel Eduardo Campos, em 13 de agosto, foi causado por uma sequ�ncia de falhas do piloto Marcos Martins. C�mara responde interinamente pelo partido, j� que o presidente Carlos Siqueira est� em f�rias. O governador disse, via assessoria de imprensa do governo estadual, que s� comentar� o assunto quando houver uma posi��o oficial das autoridades sobre o acidente.

O jornal O Estad�o de S.Paulo revelou nesta sexta-feira, 16, que as investiga��es da Aeron�utica, a serem divulgadas em fevereiro, conclu�ram que o acidente foi causado por erros do piloto, que n�o tinha treinamento para a aeronave. Martins tamb�m falhou no uso de "atalho" para acelerar o procedimento de descida do Cessna 560 XL. O piloto havia sido obrigado a abortar o pouso e arremeter bruscamente, operando os aparelhos em desacordo com as recomenda��es do fabricante do avi�o e acabando por sofrer uma "desorienta��o espacial", inclinando a aeronave em dire��o ao solo quando acreditava estar voando para cima.

O acidente aconteceu durante a campanha presidencial, quando Campos se deslocava do Rio de Janeiro para um compromisso no Guaruj�, litoral de S�o Paulo. Durante a campanha, foram levantadas d�vidas sobre a propriedade do jato Cessna Citation e suspeitas de que a aeronave teria sido paga com dinheiro de caixa 2. Tr�s empres�rios de Pernambuco ligados ao presidenci�vel se apresentaram como compradores do jatinho. O PSB chegou a informar que os valores pelo uso do jatinho seriam lan�ados na presta��o de contas da campanha, o que n�o ocorreu.

Nesta sexta-feira, 16, o irm�o do presidenci�vel, o advogado Ant�nio Campos, divulgou nota em que afirma que a conclus�o da Aeron�utica � prematura, uma vez que os laudos existentes s�o inconclusivos e o inqu�rito n�o foi encerrado. "Os laudos da Aeron�utica e do Cenipa (Centro de Preven��o de Acidentes A�reos) tratam de possibilidades quanto � causa de acidentes e n�o s�o conclusivos, conforme � a t�cnica de tais laudos, primando eles por recomenda��es quanto a procedimentos de preven��o de acidentes a�reos. O Cenipa n�o est� fazendo todas as per�cias do caso e n�o pode ter uma vis�o global do acidente", declarou.

Ant�nio Campos disse "estranhar" a divulga��o do relat�rio da Aeron�utica e contou que esteve na quinta, 15, com o procurador da Rep�blica respons�vel pelo caso, Thiago Nobre. Segundo o advogado, o procurador n�o dispunha ainda do resultado de todas as per�cias, mas se comprometeu em concluir os inqu�ritos policial e civil no pr�ximo m�s. "Estas poder�o ainda n�o ser definitivas sobre o caso, podendo ter provas complementares", salientou.