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Estado de Minas

Ap�s exonera��o de funcion�rios, museu Sarney fecha as portas


postado em 16/01/2015 19:19

S�o Lu�s, 16 - A Funda��o Jos� Sarney, hoje batizada de Funda��o da Mem�ria Republicana, fechou suas portas nesta sexta-feira, 16, ap�s exonera��o dos 48 servidores comissionados que trabalhavam no local. No dia 2 de janeiro, o governador Fl�vio Dino (PC do B) assinou um decreto exonerando todos os ocupantes dos cargos comissionados no Estado.

A presidente da institui��o, Anna Graziela Costa, decidiu ent�o finalizar toda a programa��o e atividades oferecidas pela funda��o. A ex-chefe da Casa Civil no governo de Roseana Sarney declarou que n�o tem como manter a estrutura do local em funcionamento sem funcion�rios.

"Ap�s a exonera��o dos servidores, encaminhei ao governador um of�cio, solicitando uma resposta � atual situa��o, mas nunca fui respondida", disse. O secret�rio de Articula��o Pol�tica, M�rcio Jerry (PC do B), por sua vez, disse apenas que "a Funda��o Jos� Sarney n�o � preocupa��o priorit�ria do governo". O museu � um �rg�o ligado � secretaria de Estado de Cultura.

O secret�rio acusou a funda��o de servir a fins privados. "Solicitamos um estudo para saber a que se destinam os recursos p�blicos dentro do museu. Uma institui��o p�blica n�o pode se prestar a atender interesses privados. A proposta tamb�m trata de explicar porqu� um museu destinado a guardar a mem�ria de todos os ex-presidentes guarda somente a mem�ria de um (Jos� Sarney)", destacou.

A presidente da funda��o reage. "N�o h� culto � personalidade de Sarney, o que contamos para o Brasil e o Maranh�o � uma parte da hist�ria da Rep�blica. S� existe uma sala em toda nossa estrutura com o acervo do Jos� Sarney", sustentou.

A respons�vel pelo museu disse ainda que a comunidade do Desterro, bairro hist�rico e decadente da capital, "est� triste" com o fechamento da institui��o, pois l� eram desenvolvidos trabalhos sociais e culturais, que envolviam a comunidade.

Segundo Anna Graziela, entre 2011 e 2014, 70.450 pessoas visitaram o espa�o. "Est�o achincalhando o nosso trabalho. Lamento pela cultura, educa��o e turismo do nosso Estado", completou, informado que est� repassando ao governo do Estado a responsabilidade sobre a guarda e manuten��o do pr�dio, uma vez que o contrato com a empresa de vigil�ncia privada foi suspenso.

A funda��o foi criada pelo pr�prio Sarney - advers�rio pol�tico de Dino - para guardar documentos, homenagens e presentes recebidos no per�odo em que ocupou o Pal�cio do Planalto (1985-1990).

Institutos criados por outros ex-presidentes, como Luiz In�cio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardozo, s�o mantidos com doa��es privadas. Segundo dados da Secretaria de Planejamento do Maranh�o, os museu custou aos cofres p�blicos R$ 8,1 milh�es entre 2012 e 2014. O dinheiro inclui despesas com sal�rios, servi�os de manuten��o e investimentos.

A estatiza��o da Funda��o Sarney ocorreu em 2011 por iniciativa da ent�o governadora Roseana Sarney (PMDB), filha do ex-presidente. A medida foi aprovada pela Assembleia Legislativa, ap�s projeto do governo enviado em regime de urg�ncia.

O nome da institui��o passou a ser Funda��o da Mem�ria Republicana Brasileira. O im�vel, onde est� instalada a Funda��o da Mem�ria Republicana, era o antigo Convento das Merc�s, constru�do no s�culo XVII, sob a supervis�o de Padre Ant�nio Vieira.

Em resposta �s cr�ticas da gest�o Fl�vio Dino, Sarney comparou o advers�rio ao ditador sovi�tico Josef Stalin. "Nunca fiz nenhuma promo��o pessoal minha al . O Stalin � que mandou refazer a enciclop�dia russa, retirando o nome dos que n�o apoiavam o regime e a ele mesmo; exemplo maior, Trotsky", disse Sarney.

Colaborou F�bio Brandt


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